quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Feliz 2009.

O ano começou ontem com um bom jogo de futebol no Maracanã, entre Fluminense e Botafogo, valendo vaga para a final da Taça Guanabara, contra o Resende (e não a própria taça, como acham alguns).

Bom jogo, digo, mais por conta das muitas chances para os dois lados. Porque tecnicamente falando... meu Deus. Seguem minhas anotações ao longo da partida.

- Nos 22 primeiros minutos de jogo, 32 passes errados. Sério. Um passe errado a cada 41 segundos! Aos 33 minutos, já eram 50! Um a cada 39 segundos. De todo jeito - dos lançamentos imprecisos de Conca e Thiago Neves a passes de três metros de Maicossuel. É uma pena que a transmissão da tv não dê sequência à nenhuma linha de pensamento, pois depois ninguém revelou quantos foram os passes errados nos 90 minutos. Mas, se fizermos a média de um a cada 40 segundos, tivemos então cerca de 135 no jogo todo. Seria um recorde mundial?

- Reinaldo não mudou nada desde que trocou o Flamengo pela Europa. No lance da falha grotesca de Mariano, ele perdeu o gol mais feito da partida, cara-a-cara com FH. Nem foi uma grande defesa a do goleiro do Flu. Foi sim uma péssima finalização.

- Logo no lance seguinte, gol do Botafogo, numa manjadíssima cobrança de escanteio no primeiro pau. Até times de mulheres com apenas dois neurônios conhecem essa, Flanders e Horcades!

- Fim do primeiro tempo, Botafogo na frente e surge aquela pergunta de sempre: será que agora o time vai recuar, se fechar e abdicar de atacar?

- Sim! Com quinze minutos, o Botafogo já tinha desperdiçado três ótimos contra-ataques, adivinhem o motivo... passes errados, claro. Nesses mesmos quinze minutos, o time não tocou mais a bola no campo do adversário, se limitando a defender e contra-atacar.

- Aliás, será que algum técnico no Brasil treina situações de contra-ataque? Botar em campo três ou quatro meias e atacantes pra partir pra cima de três ou quatro defensores? Instruir esses atacantes a como se movimentar, dar opções a quem está com a bola? Ok, ok... esqueci que é futebol, estou pensando com cabeça de basqueteiro de novo...

- Mas, peraí - ontem o pessoal de Liverpool e Juventus parecia saber exatamente pra onde ir em cada contra-ataque...

- Quando Diguinho foi substituído no Flu, a torcida do Bota cantou um antigo samba sobre traição...

- Já fechadinho na defesa, o Bota de Ney Franco trocou Léo Silva (que realmente não jogava bem) por Batista, volante de marcação. Ok, previsível. Mas a torcida concordar que essa era a melhor substituição em enquete na internet?...

- Perdendo, Flanders, que tinha substituído Diguinho por Tartá, resolveu tirar Conca e botar Leandro Bonfim. Conca não jogava bem, é verdade. Mas é homem de criação. E Fabinho, o que ficou fazendo em campo? Ajudando Mariano, Luiz Alberto, Edcarlos e Leandro a marcar Reinaldo, solitário no ataque alvi-negro? Realmente não dá pra entender.

O Botafogo que não pense que a fatura está liquidada contra o Resende antes mesmo de a bola rolar.

10 comentários:

Anônimo disse...

A covardia armada por Ney foi honesta e sortuda. Declarada desde o meio da semana passada. E o ferrolho vergonhoso do segundo tempo era pra ter começado junto com a partida, mas o Flu dos gênios Thiago Neves e Conca (que na cabeça do Ney Franco são Rivelino e Gérson) não tava afim de jogo. Ou não conseguia, assim como ainda conseguiu jogar direito em 2009. Daí então, de acordo com o narrador, Ney Franco virou um técnico europeu e vanguardista usando 35 volantes.
Era comovente ver o esforçado-perna-de-pau-experiente Reinaldo dominar isolado no meio-campo e esperar algum volante pra dar o passe e correr. E era deprimente acompanhar 90 minutos de partida com Cléber Machado e Marsiglia querendo promover uma mesa redonda sobre a importância dos auxiliares atrás do gol. Não falaram que o Botafogo foi covarde e o Fluminense ridículo. Que Leandro Amaral é um ex-jogador e o René está perdido. Um Arena no meio da transmissão de um bom jogo promovido por dois times com jogadores abaixo de suas tradições.
E essa Taça GB acabou. Podem me cobrar.

Edu Mendonça disse...

"Narrador"? Não fostes ao jogo???

Anônimo disse...

Nem me fala. Eu com uma saudade absurda do Maraca e inventam um TNA de 10 minutos entre 21:30 - 21:40. E em cima da hora desinventam. Acabei vendo com meu pai... mas domingo tô no Maraca pra buscar esse caneco fajuto.

Anônimo disse...

camaradas, no estádio, que é onde se vê o jogo, a impressão no fim das contas foi essa mesmo que vocês tiveram pela tv. o jogo foi bom porque foi mal jogado. quase todas as chances de gol começaram em erros do adversário. o fluminense não é um time. não tem nenhuma jogada. o cara pega a bola no meio de campo, os atacantes se escondem atrás dos zagueiros e não chega ninguém para receber. ninguém. nunca. é sempre cada um por si. flanders entrou para a história do clube com o milagre do ano passado, mas não dá pra ele não. porque o fluminense é fraco (edcarlos jamais acerta o tempo da bola, fabinho - mal necessário, pela fragilidade da zaga - não acerta passes que eu acerto, leandro é um viadinho, conca continua de férias, tiago neves não pode ser dono de time nenhum, e só mesmo no rio o enganador do leandro amaral tem prestígio), mas o botafogo é mais fraco ainda e consegue ser um time. mereceu a vitória. apesar do recuo no segundo tempo. comentei com o meu filho e ele concordou: "parece até que o botafogo tem contra-ataque." agora, só não entendi a vaia ao diguinho. todo mundo tem o direito de melhorar de vida, pô!

Edu Mendonça disse...

Hehehe... joga nada o Diguinho, cá entre nós.

A cada jogo fica mais clara a discrepância entre o futebol que se joga no Rio e o de São Paulo. E não se trata só do nível dos jogadores mas, também, dos "professores". Flanders não existe, Cuca e Ney não sabem (ainda, quem sabe) treinar times grandes e o Dorival ainda não foi realmente testado na profissão. Aliás, se juntar o currículo dos quatro... enquanto isso, em SP, tem Muricy, Mano, Luxemburgo...

Anônimo disse...

é outro nível. ontem o reinaldo pegou uma bola, caiu, se levantou e, nesses segundos todos, não chegou nenhum marcador do fluminense. tinham uns dois ou três ali por perto, olhando, e olhando continuaram. na hora lembrei do futebol em são paulo, onde isso seria impensável. e em seguida previ o que vai ser o brasileirão. de novo.

Anônimo disse...

Amigos, o Diguinho nunca va sair do futebol Carioca. É daqueles que se arrumam por aqui, gostam do clima, das praias, boates e sotaque das carioquinhas. Gostam também de treinar em apenas um período por dia. Adoram os esquemas consagrados no Rio, de engrenagem mais lenta e posiçoes definidas: primeiro-homem-de-meio-campo, segundo volante, terceiro-homem-do-meio, meia-atacante. Como é desde a desde a década passada com Jair Pereira, Carlinhos e Antonio Lopes.
Diguinho entende Petkovic, que tem um pouco de Felipe e de Roger também. Mas não tem futebol nem pra servir cafezinho pra essa turma de fanfarrões.

Edu Mendonça disse...

Eu fiquei com muito medo de que o Diguinho viesse pro Flamengo no início do ano. Seria desgosto comparável à passagem do Roni, pra mim. Aí veio o Zé Roberto...

O Renatinho que tá certo, melhor nos prepararmos para mais um brasileirão daqueles...

Anônimo disse...

roni... um amigo tricolor se recusava a pronunciar o nome dele. só usava "aquele rapaz".

Anônimo disse...

e o camilo se esqueceu do carlos alberto. viram a última dele? "sou movido a desafios." hehehe.