sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

É Natal

Pelo segundo ano seguido, a festa promovida por Zico aconteceu no Maracanã, palco muito mais apropriado que o longínquo campo do CFZ. Deu bem menos gente que no ano passado, a metade, mas foi uma celebração ainda mais bela de futebol e solidariedade, com craques (do passado, diga-se) desfilando sua classe no gramado e parte da arrecadação destinada às vítimas das enchentes no sul do país e no norte do estado.

Como é bom ver o Galinho correndo com a bola dominada, dando lançamentos precisos, enxergando o jogo como quase ninguém mais faz. Triste é lembrar que o tempo passa, lembrar que fui ao Maraca tantas e tantas vezes para ver Zico jogar, enquanto hoje cada vez menos gente que freqüenta o estádio faz pálida idéia do quanto Ele jogava. Mesmo o coro de "Ei, ei, ei, o Zico é o nosso rei" é cantado por cada vez menos gente na arquibancada. Gente cada vez mais velha.

Minha sugestão é que a data, 23 de dezembro, seja fixa. Nada como, na véspera da véspera de Natal, Papai Noel deixar tantos craques no Maraca. Um dia, quem sabe, essa festa faça parte do calendário oficial de comemorações natalinas da cidade, cada vez mais necessitada de momentos mágicos de alegria como os de terça passada.

* * *

Assisti ao jogo com meu irmão e a turma de amigos de arquiba bem debaixo da Urubuzada. Dali, podíamos ver a linha lateral oposta às cabines de transmissão da mesma maneira que um bandeirinha vê a imaginária linha de impedimento (quanto bem posicionado, claro).

Ou seja, tínhamos um ângulo de visão muito parecido com o da foto, homenagem à melhor bandeirinha do nosso futebol.



"Gostosa filha-da-p..., não tava impedido não
!"

De um gaiato, no único deslize da Ana Paula, que chegou atrasada pro jogo...


* * *

No fim das contas deu Boca, que comemorou o título argentino após uma derrota-sufoco incrível para o Tigre, por um a zero. Tivesse saído outro golzinho naquela pressão final de quase meia hora e uma zebra histórica teria feito a festa em outras cores no El Cilindro. Não vi o jogo (por conta da festa do Zico, assisti apenas aos minutos finais) e nem o vt (por causa das festas de Natal). Mas tenho a impressão de que esse não entrará para o hall dos títulos mais marcantes da história do Boca, como muitos esperavam. Comemorar depois de perder nunca é a mesma coisa. Ainda mais do jeito que o Boca perdeu. Ainda mais com a outra torcida, do outro lado do estádio (novamente mais vazio que cheio) comemorando com igual satisfação o desempenho de seu time.

* * *

Pra quem quiser tirar a prova, hoje, às 20h, tem Heat x Bulls, mais uma chance de ver o fenômeno Derrick Rose em ação. Com um atrativo a mais - é o primeiro duelo oficial entre Rose e Michael Beasley, número 1 e número 2 do draft da NBA deste ano.

Graças a Deus, os Bulls souberam escolher.

8 comentários:

Bolinho disse...

NESSA foto ela tá boa, mas a Playboy dela é caída...
abrá

Anônimo disse...

Aproveito o nostálgico texto para convidar não só você, mas a galera do blog para assistir amanhã, às 22h no Sportv um jogo que não vai sair nunca da memória dos rubro-negros - é o episódio dos Jogos para Sempre, aquele que o Pet acabou com o sonho vascaíno. Uma pequena prévia: O Júlio César, nosso goleiro, chorou no fim...

Este foi o presente que ganhei do nosso mestre Renatinho. Tive o prazer de trabalhar neste programa.

Edu Mendonça disse...

Das recentes conquistas rubro-negras é a que tem mais chances de realmente ficar marcada na História. Acho que, daqui a trinta anos, vamos estar todos nós lembrando do gol do Pet no último minuto.

Estava coordenando a transmissão do jogo e larguei o controle por tanto tempo que, quando voltei, o jogo tinha acabado e os jogadores já comemoravam...

Anônimo disse...

feliz ano novo? o fluminense ameaça um meio-campo com jaílton, romeu, leandro domingues e conca. ou esse tal de leandro domingues é o novo delei ou 2009 não será feliz para nós, tricolores. não no maraca. melhor procurar outras artes. vejam "um homem bom", nos melhores cinemas.

Anônimo disse...

e o júlio césar chorou no fim, é? que viadinho.

Edu Mendonça disse...

Ah, mas é emocionante mesmo, camarada. Até o Edílson chorou que nem criança no vestiário! O Edílson!

Três cenas marcantes:

- o torcedor vascaíno deixando o papel cair da boca;
- o desespero do Joel na hora do gol;
- o replay eterno - o último, fechado no Hélton.

E como eram melhores os times de Fla e Vasco há apenas sete anos...

Anônimo disse...

claro que foi emocionante, tô de onda. o boyd tem uma história boa sobre esse jogo. ele foi ao maracanã. depois dirigiu de volta a são paulo. passou, segundo ele, 400 quilômetros vendo na memória aquela bola entrar. imagina a tortura. seguinte: falei com o petit outro dia. ele tá legal.

Edu Mendonça disse...

Bem feito pra ele...

E 2009 começa um pouquinho melhor com essa notícia do Petit, camarada, que bom.