sexta-feira, 17 de abril de 2009

Rá-Tá-Tá-Tá-Tá!!!

O que será que os homens que comandam o futebol do Fluminense pensaram quando trouxeram Thiago Neves de volta para as Laranjeiras?

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E o que será que Maicossuel pensou na hora de cobrar o primeiro pênalti ontem, contra o Americano, daquela forma?

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Aliás, quando será que os goleiros chegarão à conclusão de que tentar adivinhar o canto, hoje em dia, não é mais a maneira mais provável de se defender um pênalti?

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Ontem Diego marcou duas vezes e foi a grande diferença na classificação do Werder Bremen contra a Udinese, na Copa da Uefa. Enquanto isso, Robinho esteve, mais uma vez, completamente apagado na eliminação do Manchester City. E aí, Dunga?

Vale dizer que torcida e imprensa inglesas já perderam a paciência com o brasileiro.

Rá-Tá-Tá, mesmo, causaram as declarações de Leonardo ao O Globo, defendendo a venda do Flamengo. Eu não admiro o Leonardo, admito. Teve a sorte de estar no time campeão brasileiro de 87, ao lado de monstros como Zico e Leandro. Logo se mandou para o São Paulo e, dali, para o Milan. Bem articulado, jeito de bom moço - apesar de ter cometido uma das maiores covardias que vi no futebol, e bem numa Copa do Mundo -, Leonardo virou dirigente do clube italiano depois de aposentar as chuteiras, prematuramente.

Aí eu pergunto: Leonardo fez ou faz o quê pelo futebol brasileiro?

E respondo: NADA.

Leonardo representa interesses de um clube europeu. E todo clube de lá trata o futebol daqui como fornecedor subdesenvolvido de jovens craques, muitas vezes comprados antes mesmo da maioridade e, além de tudo, a preço de banana.

Leonardo trabalha num clube que soma dívidas superiores às do Flamengo. A diferença é que o Milan tem o respaldo da família Berlusconi, a mais rica da Itália e que, aliás, comanda o país. Mesmo assim, o patriarca Silvio e a filha, que é quem manda no Milan, quase choraram quando Kaká recusou a proposta do City, que traria um alento financeiro ao clube.

Leonardo não é exemplo, nem solução. Aliás, nem sei se ele realmente é rubro-negro. Talvez seja só rossonero.

Fato é que nada do que ele disse é novidade. A idéia original é do próprio Márcio Braga. Clubes brasileiros são associações esportivas regidas por estatuto. E como movimentam muito dinheiro, há sempre variados interesses envolvidos quando se fala em mudar um estaturo para, por exemplo, vender o futebol do Flamengo - mesmo que seja apenas ele. Não é fácil, como Márcio bem sabe.

Como diziam nossos bisavós, falar é fácil. Abdicar do próprio para servir ao outro, bem, aí são outros quinhentos.

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