...um camisa dez, unzinho só, mas de verdade. E o Leonardo na presidência, pode ser? (torcida do Flamengo)
...um título, unzinho só, o da Libertadores. Ah, e o fim das coletivas depois dos jogos também. (Muricy)
...a paciência da Fiel para assuntos relacionados a peso, joelhos, jejum, boates, minhas companhias... (Ronaldo)
...um título, qualquer um, mas não serve Taça Guanabara ou Taça Rio. (Cuca)
...um presidente que não faça e nem seja motivo de piadas. (torcida do Fluminense)
...profissionais aptos a mostrar ao Roberto como se administrar um clube. (torcida do Vasco)
...um time pra eu enganar mais um pouquinho. (Edmundo, Túlio, Marcelinho, Carlos Alberto)
...nada, já achei o meu, o Guarani... (Amoroso)
...relevância para o meu trabalho, mesmo que para o mal, como na Gávea... (Caio Júnior, o Homem-Flúido)
...um time grande pra eu jogar. (Robinho)
...uma torcida que me aplauda e dê carinho. (Luxemburgo)
...uma folga dos críticos, da imprensa, da torcida... (Dunga)
...saúde e paz para todos e o hexa para a nossa nação (este que escreve).
Feliz 2009!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
É Natal
Pelo segundo ano seguido, a festa promovida por Zico aconteceu no Maracanã, palco muito mais apropriado que o longínquo campo do CFZ. Deu bem menos gente que no ano passado, a metade, mas foi uma celebração ainda mais bela de futebol e solidariedade, com craques (do passado, diga-se) desfilando sua classe no gramado e parte da arrecadação destinada às vítimas das enchentes no sul do país e no norte do estado.
Como é bom ver o Galinho correndo com a bola dominada, dando lançamentos precisos, enxergando o jogo como quase ninguém mais faz. Triste é lembrar que o tempo passa, lembrar que fui ao Maraca tantas e tantas vezes para ver Zico jogar, enquanto hoje cada vez menos gente que freqüenta o estádio faz pálida idéia do quanto Ele jogava. Mesmo o coro de "Ei, ei, ei, o Zico é o nosso rei" é cantado por cada vez menos gente na arquibancada. Gente cada vez mais velha.
Minha sugestão é que a data, 23 de dezembro, seja fixa. Nada como, na véspera da véspera de Natal, Papai Noel deixar tantos craques no Maraca. Um dia, quem sabe, essa festa faça parte do calendário oficial de comemorações natalinas da cidade, cada vez mais necessitada de momentos mágicos de alegria como os de terça passada.
* * *
Assisti ao jogo com meu irmão e a turma de amigos de arquiba bem debaixo da Urubuzada. Dali, podíamos ver a linha lateral oposta às cabines de transmissão da mesma maneira que um bandeirinha vê a imaginária linha de impedimento (quanto bem posicionado, claro).
Ou seja, tínhamos um ângulo de visão muito parecido com o da foto, homenagem à melhor bandeirinha do nosso futebol.
"Gostosa filha-da-p..., não tava impedido não!"
De um gaiato, no único deslize da Ana Paula, que chegou atrasada pro jogo...
* * *
No fim das contas deu Boca, que comemorou o título argentino após uma derrota-sufoco incrível para o Tigre, por um a zero. Tivesse saído outro golzinho naquela pressão final de quase meia hora e uma zebra histórica teria feito a festa em outras cores no El Cilindro. Não vi o jogo (por conta da festa do Zico, assisti apenas aos minutos finais) e nem o vt (por causa das festas de Natal). Mas tenho a impressão de que esse não entrará para o hall dos títulos mais marcantes da história do Boca, como muitos esperavam. Comemorar depois de perder nunca é a mesma coisa. Ainda mais do jeito que o Boca perdeu. Ainda mais com a outra torcida, do outro lado do estádio (novamente mais vazio que cheio) comemorando com igual satisfação o desempenho de seu time.
* * *
Pra quem quiser tirar a prova, hoje, às 20h, tem Heat x Bulls, mais uma chance de ver o fenômeno Derrick Rose em ação. Com um atrativo a mais - é o primeiro duelo oficial entre Rose e Michael Beasley, número 1 e número 2 do draft da NBA deste ano.
Graças a Deus, os Bulls souberam escolher.
Como é bom ver o Galinho correndo com a bola dominada, dando lançamentos precisos, enxergando o jogo como quase ninguém mais faz. Triste é lembrar que o tempo passa, lembrar que fui ao Maraca tantas e tantas vezes para ver Zico jogar, enquanto hoje cada vez menos gente que freqüenta o estádio faz pálida idéia do quanto Ele jogava. Mesmo o coro de "Ei, ei, ei, o Zico é o nosso rei" é cantado por cada vez menos gente na arquibancada. Gente cada vez mais velha.
Minha sugestão é que a data, 23 de dezembro, seja fixa. Nada como, na véspera da véspera de Natal, Papai Noel deixar tantos craques no Maraca. Um dia, quem sabe, essa festa faça parte do calendário oficial de comemorações natalinas da cidade, cada vez mais necessitada de momentos mágicos de alegria como os de terça passada.
* * *
Assisti ao jogo com meu irmão e a turma de amigos de arquiba bem debaixo da Urubuzada. Dali, podíamos ver a linha lateral oposta às cabines de transmissão da mesma maneira que um bandeirinha vê a imaginária linha de impedimento (quanto bem posicionado, claro).
Ou seja, tínhamos um ângulo de visão muito parecido com o da foto, homenagem à melhor bandeirinha do nosso futebol.
"Gostosa filha-da-p..., não tava impedido não!"
De um gaiato, no único deslize da Ana Paula, que chegou atrasada pro jogo...
* * *
No fim das contas deu Boca, que comemorou o título argentino após uma derrota-sufoco incrível para o Tigre, por um a zero. Tivesse saído outro golzinho naquela pressão final de quase meia hora e uma zebra histórica teria feito a festa em outras cores no El Cilindro. Não vi o jogo (por conta da festa do Zico, assisti apenas aos minutos finais) e nem o vt (por causa das festas de Natal). Mas tenho a impressão de que esse não entrará para o hall dos títulos mais marcantes da história do Boca, como muitos esperavam. Comemorar depois de perder nunca é a mesma coisa. Ainda mais do jeito que o Boca perdeu. Ainda mais com a outra torcida, do outro lado do estádio (novamente mais vazio que cheio) comemorando com igual satisfação o desempenho de seu time.
* * *
Pra quem quiser tirar a prova, hoje, às 20h, tem Heat x Bulls, mais uma chance de ver o fenômeno Derrick Rose em ação. Com um atrativo a mais - é o primeiro duelo oficial entre Rose e Michael Beasley, número 1 e número 2 do draft da NBA deste ano.
Graças a Deus, os Bulls souberam escolher.
domingo, 21 de dezembro de 2008
O Craque Decidiu
Certa vez, em outro blog, eu escrevi que "Riquelme é craque com carimbo de craque". Ontem, na vitória do Boca sobre o San Lorenzo, que deixou o time argentino mais descaradamente admirado no Brasil com as mãos no título - vi várias camisa azúis e amarelas hoje na praia - Riquelme foi simplesmente decisivo, apesar de não ter jogado tão bem. O que segue são as anotações que fiz durante o jogo em meu bloquinho.
- O El Cilindro, estádio do Racing, tem capacidade para 64 mil pessoas. Lá estavam apenas 27 mil, por questões de segurança. Quem acha que o pau quebra aqui entre as torcidas organizadas, não conhece o futebol argentino. As duas torcidas ocuparam apenas as áreas atrás dos gols, separadas por toda a parte central do Cilindro. É como se, aqui, a branca e as especiais do Maraca separassem as torcidas de Fla e Vasco, por exemplo. Pode ser seguro, ok. Mas não combina com decisão. Dependendo da câmera, o estádio por vezes parecia vazio. E estádio vazio em decisão é como pegar a Angelina Jolie sem dar beijo na boca, ir à praia sem dar um mergulho ou ao Pizza Hut e não comer pizza.
- O San Lorenzo, que venceu o Tigre no primeiro jogo do triangular decisivo, precisava apenas de outra vitória para ficar com o título no ano de seu centenário. Para o Boca, até o empate era bom resultado, o que explica a postura excessivamente defensiva do time no início.
- O calor era tanto em Avellaneda, arredores de Buenos Aires, que os reservas dos dois times preferiam camisetinhas às camisas dos clubes, nos bancos.
- O primeiro passe de Riquelme foi um tijolo que Ibarra não conseguiu dominar, deixando a bola sair pela lateral. Estranho, pra dizer o mínimo.
- Barrientos quer ser Riquelme. Um Roman canhoto. Mas Riquelme joga de cabeça em pé. Barrientos, primeiro, tem que aprender a ficar de pé. Pra isso, precisa soltar a bola mais rápido.
- O choque de cabeça entre Forlín e Silvera foi assustador. E nada de ambulância no Cilindro. Parecia aqui, antes da morte de Serginho, do São Caetano.
- Vinte e oito minutos, falta frontal para o Boca, média distância. Outro bate, lá nas nuvens. É um crime ter Riquelme no time e ele não bater todas as faltas.
- Dátolo, pela esquerda, em velocidade, é um trem.
- Quarenta e oito minutos, Roman bate escanteio no primeiro pau, Viatri abre o placar de cabeça. Foi a primeira bola do Boca ao gol do San Lorenzo.
- Vinte e quatro minutos de intervalo.
- Quinze do segundo tempo, Solari chuta fraco, Garcia aceita, por entre as pernas, na hora de encaixar a bola. Frango mais clássico no futebol não há.
- Imediatamente Ischia bota Palácio Padawan Skywalker no lugar de Figueroa. O gol mudou o jogo. O San Lorenzo passou a buscar o segundo, que seria o do título.
- Aos vinte e quatro, Riquelme leva amarelo, num lance em que não conseguiu pisar no freio e atropelou o adversário. Fica, assim, fora do jogo de terça, contra o Tigre. Passo a acreditar na possibilidade de uma zebra histórica.
- Trinta e dois minutos, cinco toques na bola. De Garcia, ex-vilão, sai o lançamento perfeito na ponta-esquerda para Dátolo, que mata a bola magnificamente e lança para Riquelme, no lado direito da área. O toque de prima, de craque, deixa Palácio na cara do goleiro. Também de prima, ele o desloca. Dátolo-Riquelme-Palácio. Os homens do Boca.
- Foram doze amarelos e dois vermelhos num jogo em que o pau comeu, quase sempre com lealdade.
- Aos quarenta e oito, Chávez faz 3x1, elimina o San Lorenzo e deixa o Boca perto do título - dá até pra perder por um gol na terça. Mas no Cilindro não estará o craque pra decidir. O Boca que abra o olho.
- O El Cilindro, estádio do Racing, tem capacidade para 64 mil pessoas. Lá estavam apenas 27 mil, por questões de segurança. Quem acha que o pau quebra aqui entre as torcidas organizadas, não conhece o futebol argentino. As duas torcidas ocuparam apenas as áreas atrás dos gols, separadas por toda a parte central do Cilindro. É como se, aqui, a branca e as especiais do Maraca separassem as torcidas de Fla e Vasco, por exemplo. Pode ser seguro, ok. Mas não combina com decisão. Dependendo da câmera, o estádio por vezes parecia vazio. E estádio vazio em decisão é como pegar a Angelina Jolie sem dar beijo na boca, ir à praia sem dar um mergulho ou ao Pizza Hut e não comer pizza.
- O San Lorenzo, que venceu o Tigre no primeiro jogo do triangular decisivo, precisava apenas de outra vitória para ficar com o título no ano de seu centenário. Para o Boca, até o empate era bom resultado, o que explica a postura excessivamente defensiva do time no início.
- O calor era tanto em Avellaneda, arredores de Buenos Aires, que os reservas dos dois times preferiam camisetinhas às camisas dos clubes, nos bancos.
- O primeiro passe de Riquelme foi um tijolo que Ibarra não conseguiu dominar, deixando a bola sair pela lateral. Estranho, pra dizer o mínimo.
- Barrientos quer ser Riquelme. Um Roman canhoto. Mas Riquelme joga de cabeça em pé. Barrientos, primeiro, tem que aprender a ficar de pé. Pra isso, precisa soltar a bola mais rápido.
- O choque de cabeça entre Forlín e Silvera foi assustador. E nada de ambulância no Cilindro. Parecia aqui, antes da morte de Serginho, do São Caetano.
- Vinte e oito minutos, falta frontal para o Boca, média distância. Outro bate, lá nas nuvens. É um crime ter Riquelme no time e ele não bater todas as faltas.
- Dátolo, pela esquerda, em velocidade, é um trem.
- Quarenta e oito minutos, Roman bate escanteio no primeiro pau, Viatri abre o placar de cabeça. Foi a primeira bola do Boca ao gol do San Lorenzo.
- Vinte e quatro minutos de intervalo.
- Quinze do segundo tempo, Solari chuta fraco, Garcia aceita, por entre as pernas, na hora de encaixar a bola. Frango mais clássico no futebol não há.
- Imediatamente Ischia bota Palácio Padawan Skywalker no lugar de Figueroa. O gol mudou o jogo. O San Lorenzo passou a buscar o segundo, que seria o do título.
- Aos vinte e quatro, Riquelme leva amarelo, num lance em que não conseguiu pisar no freio e atropelou o adversário. Fica, assim, fora do jogo de terça, contra o Tigre. Passo a acreditar na possibilidade de uma zebra histórica.
- Trinta e dois minutos, cinco toques na bola. De Garcia, ex-vilão, sai o lançamento perfeito na ponta-esquerda para Dátolo, que mata a bola magnificamente e lança para Riquelme, no lado direito da área. O toque de prima, de craque, deixa Palácio na cara do goleiro. Também de prima, ele o desloca. Dátolo-Riquelme-Palácio. Os homens do Boca.
- Foram doze amarelos e dois vermelhos num jogo em que o pau comeu, quase sempre com lealdade.
- Aos quarenta e oito, Chávez faz 3x1, elimina o San Lorenzo e deixa o Boca perto do título - dá até pra perder por um gol na terça. Mas no Cilindro não estará o craque pra decidir. O Boca que abra o olho.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Be Like Mike
Dezenove de dezembro. Tava lá marcado no bloquinho.
Miami Heat x Los Angeles Lakers. Ou melhor, Dwyane Wade x Kobe Bryant. Por isso tinha um asterisco ao lado.
Afinal de contas, são os dois melhores armadores do mundo. Na posição 2, se destacam de toda e qualquer concorrência. Estão em outro degrau de excelência.
Em comum, além do fato de que ambos só foram campeões como parceiros de Shaquille O'Neal - Kobe três vezes, Wade uma - o mesmo ídolo, modelo e imagem.
Jordan.
Kobe veio primeiro. Parece MJ até no falar. O estilo de jogo lembra Jordan em tudo. Postura, arremesso, o fadeaway, traquejos. Um clone perfeito (físico - mentalmente falando, em termos de basquete, Kobe nem chega perto).
Wade veio depois. O estilo é muito mais pessoal, com vários movimentos que nunca fizeram parte do repertório de Jordan. O moleque de Chicago, que cresceu tendo MJ como ídolo, preferiu não imitar à perfeição seu jogo. Mas parece ter entendido melhor a parte mental da coisa.
Foi um deleite de basquete, com os dois craques marcando um ao outro (e, não para meu espanto, raramente conseguindo parar o oponente). O Miami de Wade, que jogou em casa, venceu por dois pontos, na última bola. Um arremesso de Kobe que bateu nervosamente na parte de dentro do aro seis ou sete vezes e espirrou pra fora. Ambos foram brilhantes nos momentos decisivos, mas Wade foi mais, com duas cestas e um toco nos dois minutos finais. Até a bola ao alto, depois de uma presa, no mano-a-mano, Wade ganhou. Fez 35 pontos, contra 28 de Kobe.
E comemorou, assim que a bola do adversário espirrou, exatamente como o ídolo. Exatamente como Kobe teria feito se ela tivesse caído.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Citius, Altius, Fortius
Na teoria, o São Paulo deveria ser o time com menos necessidade/urgência de contratar reforços nesse fim de ano.
Na prática, não somente saiu na frente da concorrência como fez, até agora, os melhores negócios.
Contratou um zagueiro, um meio-campo e um atacante. Em princípio, nenhum para ser titular. Mas reforçou todos os setores do time com jogadores que, encaixados no sistema de jogo de Muricy, devem tornar o time ainda mais forte.
Renato Silva, pra mim, não é um grande zagueiro. Mas numa defesa que tem Miranda, André Dias e Rodrigo, ele passa a ser um ótimo reserva, talvez no nível de Rodrigo (que, por aqui, também não impressionou no Flamengo, embora tenha jogado pouco). Eduardo Costa, esse sim, acho bom de bola. Marca e sabe sair jogando, passar a bola. No meio de campo do São Paulo, pode fazer as funções de Jean e até de Hernanes. Em forma, não acredito que fique muito tempo no banco. E Washingon é aquele atacante que todos conhecem - vai perder gols feitos, feitíssimos, vez por outra. Mas também vai marcar com freqüência numa equipe que, até aqui, tinha apenas atacantes leves e de boa movimentação, como Borges e Dagoberto. Washington é exatamente o oposto deles, um homem de área, uma referência no ataque que será útil para o São Paulo contra defesas mais fechadas, que é quando o time mais sofre, pois prefere os contra-ataques.
Três contratações apenas. Mas três tiros certos da dupla Muricy-Mílton Cruz.
(Wagner Diniz? Não sei explicar, sinceramente. Mas acho que nem o São Paulo dará jeito nesse...)
* * *
Enquanto isso, no futebol paulista, apenas o Corinthians se mexeu, com Ronaldo, o que é um baita negócio de risco, como qualquer garoto de 8 anos que torça pro Milan sabe, além de Jorge Henrique e Túlio (jogadores de quem a torcida botafoguense não parece sentir muitas saudades). O Palmeiras espera pelas eleições e o Santos acena com Lúcio Flávio, que é bom reforço. No Rio, o Flamengo segue em compasso de espera, assim como o Fluminense, o Vasco anuncia gente desconhecida e o Botafogo se desmantela.
O São Paulo pode estar saindo na frente na busca pelo hepta ainda no ano do hexa.
Na prática, não somente saiu na frente da concorrência como fez, até agora, os melhores negócios.
Contratou um zagueiro, um meio-campo e um atacante. Em princípio, nenhum para ser titular. Mas reforçou todos os setores do time com jogadores que, encaixados no sistema de jogo de Muricy, devem tornar o time ainda mais forte.
Renato Silva, pra mim, não é um grande zagueiro. Mas numa defesa que tem Miranda, André Dias e Rodrigo, ele passa a ser um ótimo reserva, talvez no nível de Rodrigo (que, por aqui, também não impressionou no Flamengo, embora tenha jogado pouco). Eduardo Costa, esse sim, acho bom de bola. Marca e sabe sair jogando, passar a bola. No meio de campo do São Paulo, pode fazer as funções de Jean e até de Hernanes. Em forma, não acredito que fique muito tempo no banco. E Washingon é aquele atacante que todos conhecem - vai perder gols feitos, feitíssimos, vez por outra. Mas também vai marcar com freqüência numa equipe que, até aqui, tinha apenas atacantes leves e de boa movimentação, como Borges e Dagoberto. Washington é exatamente o oposto deles, um homem de área, uma referência no ataque que será útil para o São Paulo contra defesas mais fechadas, que é quando o time mais sofre, pois prefere os contra-ataques.
Três contratações apenas. Mas três tiros certos da dupla Muricy-Mílton Cruz.
(Wagner Diniz? Não sei explicar, sinceramente. Mas acho que nem o São Paulo dará jeito nesse...)
* * *
Enquanto isso, no futebol paulista, apenas o Corinthians se mexeu, com Ronaldo, o que é um baita negócio de risco, como qualquer garoto de 8 anos que torça pro Milan sabe, além de Jorge Henrique e Túlio (jogadores de quem a torcida botafoguense não parece sentir muitas saudades). O Palmeiras espera pelas eleições e o Santos acena com Lúcio Flávio, que é bom reforço. No Rio, o Flamengo segue em compasso de espera, assim como o Fluminense, o Vasco anuncia gente desconhecida e o Botafogo se desmantela.
O São Paulo pode estar saindo na frente na busca pelo hepta ainda no ano do hexa.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Sprewell x Ronaldo, e a total falta de noção
Latrell Sprewell foi um bom armador, quiçá brilhante. Durante mais de uma dácada - de 1992 a 2005 - brilhou na NBA atuando por Golden State Warriors, New York Knicks e Minnesota Timberwolves. Chegou a disputar as finais pelos Knicks. Chegou a ser ídolo da mais que exigente torcida de Nova Iorque. Mas será sempre lembrado por um incidente e uma declaração infelizes.
Em dezembro de 1997, durante um treino, o então técnico dos Warriors, P.J.Carlesimo, pediu que Sprewell tivesse mais "atenção nos passes". Latrell disse que não estava de bom humor e pediu para que o treinador mantivesse distância. Quando P.J. se aproximou, o temperamental jogador simplesmente atacou-o. Atirou-o no chão e tentou entrangulá-lo por uns dez segundos antes que os companheiros o retirassem. O clube rescindiu o restante de seu contrato - quase 24 milhões de dólares pelos três anos seguintes. Ele acabou suspenso por mais de um ano, só voltando às quadras em fevereiro de 99, já com a camisa dos Knicks (quem mais para apostar num jogador que tentou estrangular o técnico além dos Knickerbockers?)
Incrível é pensar que Latrell Sprewell possa ter se queimado ainda mais com algo que disse do que com isso que fez.
Em 2004, já defendendo o Minnesota, Sprewell recebeu uma oferta de prorrogação de contrato de 21 milhões de dólares por três anos. Era bem menos que o contrato em vigência o pagava, mas o fato é que ele já tinha 34 anos e de forma alguma estaria atuando no mesmo nível até os 37. Latrell se sentiu insultado e deu sua resposta através da imprensa:
- "EU TENHO UMA FAMÍLIA PARA ALIMENTAR."
Sprewell nunca mais jogou, tendo recusado ofertas (ainda menores) de clubes muito melhores (Spurs, Mavericks, Lakers) nos anos seguintes. Desde então, foi acusado de tentar estrangular uma jovem de 21 anos em seu iate de 70 pés, em 2006. Acabou tendo as acusações retiradas por falta de provas. Seu iate também lhe acabaria sendo retirado, neste ano, por falta de pagamento, assim como uma de suas mansões em Milwaukee, onde mora.
* * *
Ronaldo Nazário foi um baita atacante, realmente brilhante. Depois de surgir no São Cristóvão, brilhou rapidamente no Cruzeiro antes de se transferir para o futebol europeu, onde brilharia ainda muito mais intensamente, defendendo clubes como Barcelona, Internazionale e Real Madrid. Jamais será lembrado como ídolo por essas torcidas, pois defendeu Real depois do Barça e agora o Milan depois da Inter... Foi decisivo na conquista do penta, tendo marcado os dois gols na final da Copa do Mundo de 2002. Mas será sempre lembrado por um incidente e uma declaração infelizes.
O incidente, todo mundo sabe, envolveu três travestis e uma história muito mal contada. Mas é problema dele, claro. Botar três travestis num carro e levá-los para um motel é algo muito menos grave e muito mais pessoal que tentar estrangular um técnico.
Incrível é pensar que, por estar no Brasil, por ser brasileiro, Ronaldo não tenha se queimado muito mais com algo que disse ao trocar o Flamengo pelo Corinthians:
- "EU TENHO QUE LEVAR O PÃO PRA CASA."
* * *
Em 2004, quando Sprewell disse que tinha "família pra alimentar", eu fiquei puto, claro. "Desgraçado! Cheio da grana e tem a cara-de-pau de falar uma coisa dessas!", pensei.
Não fui só eu. Nos Estados Unidos, Latrell passou a ser visto como um astro mesquinho e ganancioso. E olha que a mesma opinião pública que passou a condená-lo o havia perdoado por agredir o próprio técnico! Nada atenuava a ignorância de um atleta multi-milionário ao dizer que a recusa de um contrato de 21 milhões de dólares estava ligada à necessidade de alimentar a família. O americano, de forma geral, não engoliu aquilo.
* * *
Aqui? Bem, aqui parece que ninguém deu a mínima para o que Ronaldo disse. O mesmo Ronaldo que, segundo o Renato M. Prado, gosta de se gabar dizendo ter mais de 100 milhões de euros na conta. Imprensa, povo, companheiros de profissão, ninguém parece ligar para o fato dele ter "justificado" sua decisão citando a necessidade de alimentar a família, como fez Sprewell.
Mas eu ligo.
Ronaldo?
Pra mim, foi pro mesmo saco do Sprewell.
Dois idiotas sem noção do mundo que os cerca.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Bando de loucos
Terminou ontem a fase de grupos da Liga dos Campeões, com 16 times classificados para o mata-mata.
Oito terão a missão de decidir o confronto das oitavas fora de casa, pois terminaram em segundo lugar em seus grupos. São Chelsea, Internazionale, Sporting, Atlético de Madrid, Villarreal, Lyon, Arsenal e Real Madrid.
Os oito que terminaram em primeiro são Roma, Barcelona, Liverpool, Manchester, Bayern, Porto, Juventus.. e o Panathinaikos.
* * *
Eu estava em Atenas no dia em que Gilberto Silva chegou para assinar contrato com o clube. Falei com muitos gregos - são todos fanáticos por futebol - sobre o que esperavam do brasileiro. Em geral, pareciam cegos pela áurea do penta e a boa carreira internacional do meio-campo. Alertei-os sobre um excesso de otimismo, já que, apesar de capitão da seleção de Dunga, Gilberto mal vinha atuando em seu clube.
Acabamos indo ao aeroporto, naquele dia, cobrir sua chegada. Qual não foi a surpresa ao descobrirmos que ele sairia por um terminal de carga, pois havia uma pequena multidão esperando por ele lá fora. Debaixo do sol ameno de Atenas no verão, caminhamos até lá. Eram cinco, seis mil torcedores em frente ao terminal e todos cantavam sem parar, de uma maneira que deixaria qualquer torcida argentina com uma pontinha de inveja. Como a sorte acompanha quem trabalha, cinco minutos depois que chegamos pintou o Gilberto - a torcida e as demais equipes de tv já o esperavam há quase duas horas...
Rojões; muitos rojões. Corre-corre. Do aceno pra torcida, pro carro. Carro cercado, multidão enlouquecida. Parecia que os caras tinham contratato o Messi. Mas era o Gilberto Silva.
Ele foi o único brasileiro em campo ontem, na vitória magra porém tranqüila sobre o Anorthosis (sem Sávio, machucado). O Panathinaikos terminou na frente da Inter de Milão em seu grupo. Passei um email para um amigo grego. Não demorou meia hora para a resposta chegar, carregada de euforia (o clube comemora nada menos que seu centenário nessa temporada). Esse torcedor, que na época me disse que Marcelo Mattos, ex-Corinthians, era ídolo da torcida por conta de seu futebol e raça, diz agora que o meio-campo tem ficado no banco.
Imagine o cartaz do Gilberto Silva hoje no Patathinaikos.
* * *
Obviamente eu não poderia ter escrito para o Dimitris sem perguntar sobre como andam as coisas em Atenas, principal foco dos violentos protestos pelo assassinato de um jovem de quinze anos pela polícia, há seis dias.
Lá no fim do email, me chamou a atenção essa frase:
"Edu, é da nossa natureza não aceitar certos absurdos. O garoto foi morto por quem nos deve proteger - e sem motivo. Ninguém vai ficar calado até que a justiça seja feita."
Eu ouço muita coisa parecida aqui. Mas preferimos nos vestir de preto ou de branco e caminhar pela praia de Ipanema para protestar. Não é da nossa natureza agir como os gregos nessas horas. Uma pena.
* * *
Há quinze anos um menor de idade não era assassinato na Grécia.
Oito terão a missão de decidir o confronto das oitavas fora de casa, pois terminaram em segundo lugar em seus grupos. São Chelsea, Internazionale, Sporting, Atlético de Madrid, Villarreal, Lyon, Arsenal e Real Madrid.
Os oito que terminaram em primeiro são Roma, Barcelona, Liverpool, Manchester, Bayern, Porto, Juventus.. e o Panathinaikos.
* * *
Eu estava em Atenas no dia em que Gilberto Silva chegou para assinar contrato com o clube. Falei com muitos gregos - são todos fanáticos por futebol - sobre o que esperavam do brasileiro. Em geral, pareciam cegos pela áurea do penta e a boa carreira internacional do meio-campo. Alertei-os sobre um excesso de otimismo, já que, apesar de capitão da seleção de Dunga, Gilberto mal vinha atuando em seu clube.
Acabamos indo ao aeroporto, naquele dia, cobrir sua chegada. Qual não foi a surpresa ao descobrirmos que ele sairia por um terminal de carga, pois havia uma pequena multidão esperando por ele lá fora. Debaixo do sol ameno de Atenas no verão, caminhamos até lá. Eram cinco, seis mil torcedores em frente ao terminal e todos cantavam sem parar, de uma maneira que deixaria qualquer torcida argentina com uma pontinha de inveja. Como a sorte acompanha quem trabalha, cinco minutos depois que chegamos pintou o Gilberto - a torcida e as demais equipes de tv já o esperavam há quase duas horas...
Rojões; muitos rojões. Corre-corre. Do aceno pra torcida, pro carro. Carro cercado, multidão enlouquecida. Parecia que os caras tinham contratato o Messi. Mas era o Gilberto Silva.
Ele foi o único brasileiro em campo ontem, na vitória magra porém tranqüila sobre o Anorthosis (sem Sávio, machucado). O Panathinaikos terminou na frente da Inter de Milão em seu grupo. Passei um email para um amigo grego. Não demorou meia hora para a resposta chegar, carregada de euforia (o clube comemora nada menos que seu centenário nessa temporada). Esse torcedor, que na época me disse que Marcelo Mattos, ex-Corinthians, era ídolo da torcida por conta de seu futebol e raça, diz agora que o meio-campo tem ficado no banco.
Imagine o cartaz do Gilberto Silva hoje no Patathinaikos.
* * *
Obviamente eu não poderia ter escrito para o Dimitris sem perguntar sobre como andam as coisas em Atenas, principal foco dos violentos protestos pelo assassinato de um jovem de quinze anos pela polícia, há seis dias.
Lá no fim do email, me chamou a atenção essa frase:
"Edu, é da nossa natureza não aceitar certos absurdos. O garoto foi morto por quem nos deve proteger - e sem motivo. Ninguém vai ficar calado até que a justiça seja feita."
Eu ouço muita coisa parecida aqui. Mas preferimos nos vestir de preto ou de branco e caminhar pela praia de Ipanema para protestar. Não é da nossa natureza agir como os gregos nessas horas. Uma pena.
* * *
Há quinze anos um menor de idade não era assassinato na Grécia.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
And the "Tudo Bola Award" goes to...
Ontem foi dia de festa, oba-oba e reconhecimento, com a entrega dos dois mais importantes prêmios do futebol brasileiro - a Bola de Prata da Revista Placar e o Craque do Brasileirão, organizado pela CBF.
O primeiro é anos-luz mais tradicional, justo e transparente, com notas dadas pela Placar ao longo do campeonato desde 1970. Craques como Zico, Falcão, Sócrates e Reinaldo guardam com orgulho esses troféus em casa. O segundo tem apenas quatro anos de existência e a escolha é feita por um painel de 500 jornalistas, mas ninguém fica sabendo quantos votos cada eleito recebeu. Bem CBF.
As duas seleções ficaram assim:
Bola de Prata - Rogério Ceni (São Paulo), Vítor (Goiás), André Dias (São Paulo), Miranda (São Paulo) e Juan (Flamengo); Hernanes (São Paulo), Ramires (Cruzeiro), Wagner (Cruzeiro) e Tcheco (Grêmio); Borges (São Paulo) e Nilmar (Internacional).
Craque do Brasileirão - Victor (Grêmio), Léo Moura (Flamengo), Thiago Silva (Flu), Miranda e Juan; Hernanes, Ramires, Diego Souza (Palmeiras) e Alex (Internacional); Alex Mineiro (Palmeiras) e Kléber Pereira (Santos).
Para a Placar, o melhor jogador do campeonato foi Rogério Ceni, com média 6,21. Para a CBF, o craque foi Hernanes.
Só quatro jogadores aparecem nas duas, o que faz a gente pensar que entre esses 500 jornalistas teve muita gente votando pelo nome, sem ter realmente acompanhado certos jogadores ao longo do campeonato.
* * *
Posto isso, aqui vai a seleção do Tudo Bola do brasileirão-08, que joga com três zagueiros, para aproveitar a boa safra da temporada, cinco homens no meio, sendo dois alas, e dois atacantes.
Rogério; Thiago Silva, Miranda e André Dias; Vítor, Hernanes, Tcheco, Alex e Jorge Wagner; Keirrison e Nilmar.
* * *
Algumas poucas e boas sobre o Craque do Brasileirão, a que por algum movito obscuro, eu assisti:
- Por que Marcos Palmeira E Tony Ramos? Nenhuma apresentadora? Que mundo é esse, meu Deus? Da bola?
- Mais chato que o formato de entrega do prêmio, que tira toda a emoção do anúncio dos vencedores, só mesmo os stand up comedies apresentados pelos dois atores que eu, obviamente, não lembro os nomes. Longos e acompanhados de um silêncio constrangedor na platéia.
- Mais constrangedor que esse silêncio, só o discurso-protesto do senhor Simon. Vaiado na entrega do prêmio de melhor árbitro (em que ele ficou em terceiro), pegou o microfone e desatou a falar besteira/puxar o saco de Deus e todo mundo, saindo ainda sob vaias. Ele deveria saber que, no Rio, só não se vaia o Papa.
- O ministro dos esportes, Orlando Silva, também resolveu falar. Bastaram poucas palavras para ele deixar claro que não sabe nada sobre futebol ("o campeonato foi equilibrado porque teve três artilheiros"?)
- Quem falou e emocionou, emocionado, foi Pelé. Aliás, valeu assistir a tudo pelo momento em que alguns campeões de 58 se abraçaram no palco, com direito a até um João Havelange sorridente.
- Nilmar era o único jogador sem terno, preferindo um jeans com blazer. Aliás, mesmo sentado de cuecas no sofá de casa, me senti o mais elegante dos homens ontem.
O primeiro é anos-luz mais tradicional, justo e transparente, com notas dadas pela Placar ao longo do campeonato desde 1970. Craques como Zico, Falcão, Sócrates e Reinaldo guardam com orgulho esses troféus em casa. O segundo tem apenas quatro anos de existência e a escolha é feita por um painel de 500 jornalistas, mas ninguém fica sabendo quantos votos cada eleito recebeu. Bem CBF.
As duas seleções ficaram assim:
Bola de Prata - Rogério Ceni (São Paulo), Vítor (Goiás), André Dias (São Paulo), Miranda (São Paulo) e Juan (Flamengo); Hernanes (São Paulo), Ramires (Cruzeiro), Wagner (Cruzeiro) e Tcheco (Grêmio); Borges (São Paulo) e Nilmar (Internacional).
Craque do Brasileirão - Victor (Grêmio), Léo Moura (Flamengo), Thiago Silva (Flu), Miranda e Juan; Hernanes, Ramires, Diego Souza (Palmeiras) e Alex (Internacional); Alex Mineiro (Palmeiras) e Kléber Pereira (Santos).
Para a Placar, o melhor jogador do campeonato foi Rogério Ceni, com média 6,21. Para a CBF, o craque foi Hernanes.
Só quatro jogadores aparecem nas duas, o que faz a gente pensar que entre esses 500 jornalistas teve muita gente votando pelo nome, sem ter realmente acompanhado certos jogadores ao longo do campeonato.
* * *
Posto isso, aqui vai a seleção do Tudo Bola do brasileirão-08, que joga com três zagueiros, para aproveitar a boa safra da temporada, cinco homens no meio, sendo dois alas, e dois atacantes.
Rogério; Thiago Silva, Miranda e André Dias; Vítor, Hernanes, Tcheco, Alex e Jorge Wagner; Keirrison e Nilmar.
* * *
Algumas poucas e boas sobre o Craque do Brasileirão, a que por algum movito obscuro, eu assisti:
- Por que Marcos Palmeira E Tony Ramos? Nenhuma apresentadora? Que mundo é esse, meu Deus? Da bola?
- Mais chato que o formato de entrega do prêmio, que tira toda a emoção do anúncio dos vencedores, só mesmo os stand up comedies apresentados pelos dois atores que eu, obviamente, não lembro os nomes. Longos e acompanhados de um silêncio constrangedor na platéia.
- Mais constrangedor que esse silêncio, só o discurso-protesto do senhor Simon. Vaiado na entrega do prêmio de melhor árbitro (em que ele ficou em terceiro), pegou o microfone e desatou a falar besteira/puxar o saco de Deus e todo mundo, saindo ainda sob vaias. Ele deveria saber que, no Rio, só não se vaia o Papa.
- O ministro dos esportes, Orlando Silva, também resolveu falar. Bastaram poucas palavras para ele deixar claro que não sabe nada sobre futebol ("o campeonato foi equilibrado porque teve três artilheiros"?)
- Quem falou e emocionou, emocionado, foi Pelé. Aliás, valeu assistir a tudo pelo momento em que alguns campeões de 58 se abraçaram no palco, com direito a até um João Havelange sorridente.
- Nilmar era o único jogador sem terno, preferindo um jeans com blazer. Aliás, mesmo sentado de cuecas no sofá de casa, me senti o mais elegante dos homens ontem.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Acabou-se o que era doce.
O São Paulo é hexa. Muricy é tri. Fizeram, São Paulo e o técnico, o que se propuseram a fazer depois da eliminação na Libertadores - correr atrás, sem desespero, sem mudanças no planejamento. O time correu, chegou, pegou e levou o título novamente para o Morumbi. Ironicamente, com um gol irregular, muito irregular.
(E, às 8:22 da manhã, a CBF e o MP ainda não se pronunciaram sobre qual o real conteúdo do envelope para Tardelli. Ao que parece, seriam apenas ingressos pro show da Madonna, o que faz do episódio ainda mais patético - como a CBF).
O Grêmio é vice, nessa fórmula de pontos corridos em que o vice, realmente, é esquecido ainda mais facilmente do que se houvesse final. Terminou só três pontos atrás do São Paulo, mas terminou atrás. Ainda bem. Um Grêmio campeão teria a seguinte escalação no jogo do título: Victor, Léo, Jean e Réver; Souza, Felipe Mattioti, William Magrão, Tcheco e André Luis; Soares e Perea. Não dá, não deu, não daria de jeito nenhum, o Grêmio era só um time comum...
Em terceiro ficou o Cruzeiro, que saiu atrás contra a Portuguesa mas virou o jogo e garantiu a vaga na Libertadores. O Cruzeiro termina o campeonato oito pontos atrás do campeão.
Para a pré-Libertadores vai o Palmeiras de Wanderley Luxemburgo, que conseguiu perder, em casa, para o Botafogo, que cumpria tabela. Resta saber se o Palmeiras ainda será mesmo de Wanderley Luxemburgo no ano que vem.
Fora ficou o Flamengo, goleado na Arena da Baixada pelo Atlético Paranaense, que com isso se livrou do rebaixamento. Marcelinho Paraíba, pela primeira vez escalado em sua real posição em todo o campeonato, marcou três gols. Mas o Homem Flúido não vai mais escalar o time no ano que vem.
Caiu o Figueirense, apesar da vitória sobre o Inter, a terceira do técnico Pintado em três jogos, os últimos três do time catarinense no campeonato.
E caiu o Vasco, que nem mesmo fez sua parte, que era vencer o Vitória em casa, coisa que acabaria sendo inútil de qualquer forma. O Vasco perdeu vinte dos 38 jogos que disputou. Só o Ipatinga perdeu mais.
Agora resta esperar o ano que vem para ver as lições, aprendidas ou não, neste que se encerra. O que teriam feito de errado equipes como Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo e Internacional para permitir o hexa são-paulino? E o que o São Paulo faz de tão certo?
Assunto para outros dias, nesses dias que serão tão sem graça, até que a bola role de novo.
(E, às 8:22 da manhã, a CBF e o MP ainda não se pronunciaram sobre qual o real conteúdo do envelope para Tardelli. Ao que parece, seriam apenas ingressos pro show da Madonna, o que faz do episódio ainda mais patético - como a CBF).
O Grêmio é vice, nessa fórmula de pontos corridos em que o vice, realmente, é esquecido ainda mais facilmente do que se houvesse final. Terminou só três pontos atrás do São Paulo, mas terminou atrás. Ainda bem. Um Grêmio campeão teria a seguinte escalação no jogo do título: Victor, Léo, Jean e Réver; Souza, Felipe Mattioti, William Magrão, Tcheco e André Luis; Soares e Perea. Não dá, não deu, não daria de jeito nenhum, o Grêmio era só um time comum...
Em terceiro ficou o Cruzeiro, que saiu atrás contra a Portuguesa mas virou o jogo e garantiu a vaga na Libertadores. O Cruzeiro termina o campeonato oito pontos atrás do campeão.
Para a pré-Libertadores vai o Palmeiras de Wanderley Luxemburgo, que conseguiu perder, em casa, para o Botafogo, que cumpria tabela. Resta saber se o Palmeiras ainda será mesmo de Wanderley Luxemburgo no ano que vem.
Fora ficou o Flamengo, goleado na Arena da Baixada pelo Atlético Paranaense, que com isso se livrou do rebaixamento. Marcelinho Paraíba, pela primeira vez escalado em sua real posição em todo o campeonato, marcou três gols. Mas o Homem Flúido não vai mais escalar o time no ano que vem.
Caiu o Figueirense, apesar da vitória sobre o Inter, a terceira do técnico Pintado em três jogos, os últimos três do time catarinense no campeonato.
E caiu o Vasco, que nem mesmo fez sua parte, que era vencer o Vitória em casa, coisa que acabaria sendo inútil de qualquer forma. O Vasco perdeu vinte dos 38 jogos que disputou. Só o Ipatinga perdeu mais.
Agora resta esperar o ano que vem para ver as lições, aprendidas ou não, neste que se encerra. O que teriam feito de errado equipes como Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo e Internacional para permitir o hexa são-paulino? E o que o São Paulo faz de tão certo?
Assunto para outros dias, nesses dias que serão tão sem graça, até que a bola role de novo.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Mistério, mistééério...
É tudo estranho demais.
Como assim um envelope foi "interceptado"? Interceptado como?
Por quem? Os Correios?
E como assim tinha dinheiro e ingressos pro show da Madonna dentro?
Quanto dinheiro?
Eram ingressos pro show da Madonna mesmo? Ou do Radiohead?
Quem mandou o envelope que foi interceptado por ninguém sabe quem?
Peraí - não seria o Grêmio o único interessado no resultado deste jogo?
Quem sabe disso afinal, a CBF ou o MP?
Como o Wagner Tardelli afirma que não havia nenhum envelope se o tal envelope foi interceptado por ninguém sabe quem?
Quem fez a denúncia para que o tal envelope fosse interceptado só Deus sabe como?
O próprio Tardelli afirma que o MP sabe "quem são as pessoas". Por que o MP não diz logo?
Por que a CBF não fala tudo que sabe sobre o caso antes da rodada, preferindo se pronuciar na segunda-feira?
Por que quem vai apitar o jogo agora será Jaílson Macedo de Freitas, que apitaria neste domingo o sensacional jogo entre a Seleção de Conceição do Coité a Seleção de Itajibá, pela semifinal do Campeonato Intermunicipal de Seleções da Bahia?
E, finalmente:
Por que só aqui no Brasil pra acontecer um papelão desses na véspera da última rodada de um dos campeonatos mais emocionantes dos últimos tempos?
Por que alguém ainda se assusta com isso na terra dos Edílsons, Ivens Mendes e tantos outros escândalos de arbitragem?
Vamos torcer pra que haja a última rodada e tenhamos grandes jogos de futebol.
Como assim um envelope foi "interceptado"? Interceptado como?
Por quem? Os Correios?
E como assim tinha dinheiro e ingressos pro show da Madonna dentro?
Quanto dinheiro?
Eram ingressos pro show da Madonna mesmo? Ou do Radiohead?
Quem mandou o envelope que foi interceptado por ninguém sabe quem?
Peraí - não seria o Grêmio o único interessado no resultado deste jogo?
Quem sabe disso afinal, a CBF ou o MP?
Como o Wagner Tardelli afirma que não havia nenhum envelope se o tal envelope foi interceptado por ninguém sabe quem?
Quem fez a denúncia para que o tal envelope fosse interceptado só Deus sabe como?
O próprio Tardelli afirma que o MP sabe "quem são as pessoas". Por que o MP não diz logo?
Por que a CBF não fala tudo que sabe sobre o caso antes da rodada, preferindo se pronuciar na segunda-feira?
Por que quem vai apitar o jogo agora será Jaílson Macedo de Freitas, que apitaria neste domingo o sensacional jogo entre a Seleção de Conceição do Coité a Seleção de Itajibá, pela semifinal do Campeonato Intermunicipal de Seleções da Bahia?
E, finalmente:
Por que só aqui no Brasil pra acontecer um papelão desses na véspera da última rodada de um dos campeonatos mais emocionantes dos últimos tempos?
Por que alguém ainda se assusta com isso na terra dos Edílsons, Ivens Mendes e tantos outros escândalos de arbitragem?
Vamos torcer pra que haja a última rodada e tenhamos grandes jogos de futebol.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Boleiros À Beira De Um Ataque De Nervos
"- A verdade é que tem pessoas que trabalham dentro de campo e outras quererm trabalhar psicologicamente. Às vezes existe falta de respeito de alguns profissionais. Tenho 29 anos e isso não vai me abalar. O pensamento é de respeitar o Goiás, mas jogar mais firme do que na última partida."
André Dias, zagueiro do São Paulo, sobre Hélio dos Anjos, que disse bastar ao Grêmio vencer o Atlético Mineiro, domingo, para ser campeão, pois o Goiás vai vencer o tricolor.
(Leia-se: "- A verdade é que o Hélio gosta de falar besteira e o Muricy de dar treino. A gente vai entrar com tudo - sola e travas, se preciso - contra eles. Que foi o que faltou na última partida.")
* * *
"- Se o Flamengo estivesse em uma situação como essa teria gente fazendo churrasco por aí. Mas a gente precisa da vitória porque ainda há chance de chegar à Libertadores. De qualquer forma, não quero que o Vasco seja rebaixado porque é um clube grande e seria ruim para o futebol do Rio."
Bruno, língua tão solta quanto a do Márcio Braga.
(Entenda-se: "- Se o Flamengo estivesse quase rebaixado, teria gente fazendo churrasco em vez de treinar por aí. Mas a gente precisa vencer pra pelo menos livrar um pouco nossa cara depois do vexame contra o Goiás. Blá, blá, blá, blá, blá, blá do Rio.")
* * *
"- Eu acho que todo bom botafoguense vai deixar de lado a camisa alvinegra e colocar a alviverde no domingo."
"- É claro que estou falando isso como torcedor. Se eu estivesse jogando, o pensamento seria diferente."
Túlio, ex-Botafogo, sobre o que deseja para Palmeiras x Botafogo, domingo.
(Entenda-se: "- Eu acho que tem mais é que perder pra prejudicar o Flamengo mesmo, nós todos odiamos o Flamengo, não agüentamos mais perder pro Flamengo. É claro que seu eu estivesse jogando, eu daria tudo de mim, suaria sangue mesmo pra poder ajudar o Flamengo... rs... porque afinal de contas, isso é ser profissio... rs... profissional. E além do mais, blá, blá, blá, blá...")
* * *
"- Vamos parar de maliciar. O Internacional quer entregar por causa da minha ligação com o Grêmio, o Flamengo quer entregar porque é rival do Vasco. Um clube depende do outro. Se o Vasco cair vai ser ruim para todo mundo. Adorei a declaração do Zico, que disse que nunca vai torcer contra o futebol carioca. Tem que ser assim. Amanhã ou depois, o Flamengo pode precisar do Vasco, como precisou em 1992. Conheço o pessoal lá e sei que vão se esforçar ao máximo."
Renato Gaúcho, bem lembrando que o Vasco ajudou o Fla a chegar à final do Brasileiro vencendo o São Paulo na última rodada do quadrangular semifinal.
Leia-se: exatamente o que está escrito. É o Renato, sempre que pode, diz exatamente o que pensa.
André Dias, zagueiro do São Paulo, sobre Hélio dos Anjos, que disse bastar ao Grêmio vencer o Atlético Mineiro, domingo, para ser campeão, pois o Goiás vai vencer o tricolor.
(Leia-se: "- A verdade é que o Hélio gosta de falar besteira e o Muricy de dar treino. A gente vai entrar com tudo - sola e travas, se preciso - contra eles. Que foi o que faltou na última partida.")
* * *
"- Se o Flamengo estivesse em uma situação como essa teria gente fazendo churrasco por aí. Mas a gente precisa da vitória porque ainda há chance de chegar à Libertadores. De qualquer forma, não quero que o Vasco seja rebaixado porque é um clube grande e seria ruim para o futebol do Rio."
Bruno, língua tão solta quanto a do Márcio Braga.
(Entenda-se: "- Se o Flamengo estivesse quase rebaixado, teria gente fazendo churrasco em vez de treinar por aí. Mas a gente precisa vencer pra pelo menos livrar um pouco nossa cara depois do vexame contra o Goiás. Blá, blá, blá, blá, blá, blá do Rio.")
* * *
"- Eu acho que todo bom botafoguense vai deixar de lado a camisa alvinegra e colocar a alviverde no domingo."
"- É claro que estou falando isso como torcedor. Se eu estivesse jogando, o pensamento seria diferente."
Túlio, ex-Botafogo, sobre o que deseja para Palmeiras x Botafogo, domingo.
(Entenda-se: "- Eu acho que tem mais é que perder pra prejudicar o Flamengo mesmo, nós todos odiamos o Flamengo, não agüentamos mais perder pro Flamengo. É claro que seu eu estivesse jogando, eu daria tudo de mim, suaria sangue mesmo pra poder ajudar o Flamengo... rs... porque afinal de contas, isso é ser profissio... rs... profissional. E além do mais, blá, blá, blá, blá...")
* * *
"- Vamos parar de maliciar. O Internacional quer entregar por causa da minha ligação com o Grêmio, o Flamengo quer entregar porque é rival do Vasco. Um clube depende do outro. Se o Vasco cair vai ser ruim para todo mundo. Adorei a declaração do Zico, que disse que nunca vai torcer contra o futebol carioca. Tem que ser assim. Amanhã ou depois, o Flamengo pode precisar do Vasco, como precisou em 1992. Conheço o pessoal lá e sei que vão se esforçar ao máximo."
Renato Gaúcho, bem lembrando que o Vasco ajudou o Fla a chegar à final do Brasileiro vencendo o São Paulo na última rodada do quadrangular semifinal.
Leia-se: exatamente o que está escrito. É o Renato, sempre que pode, diz exatamente o que pensa.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Os Incompetentes
Quem foi mais?
Sem dúvida não o São Paulo, apesar de ter jogado em casa (cheia, 67 mil) e com a possibilidade de conquistar o campeonato com a vitória. Eu bem achava que os jogadores do Flu não iriam querer outra festa de título tendo-os como coadjuvantes. Além do quê, os dois tricolores desenvolveram uma boa rivalidade nesta temporada por conta dos confrontos emocionantes da Libertadores. E olha que se o FH não erra daquela forma no gol de Borges, a briga poderia estar bem diferente agora.
Teria sido o Palmeiras o mais imconpetente? Não. O empate com o Vitória acabou sendo bom resultado pro time paulista, que na última rodada recebe o Botafogo (e coitados daqueles que dependem desse Botafogo pra algo) dependendo apenas de si.
Cruzeiro? Bem, pelo menos o time mineiro acabou derrotado fora de casa, mesmo que tenha sido por um time cheio de reservas do Inter. E, como disse seu próprio presidente, o Cruzeiro é uma raposa em casa e um cordeirinho fora...
Nessa rodada marcada por pequenos e grandes tropeços de quatro dos cinco primeiros colocados, ninguém tomou tombo pior que o Flamengo, que em seu último jogo do ano diante de sua torcida, repetiu os mesmíssimos erros da trágica eliminação diante do América do México na Libertadores. Abriu três a zero facilmente e entregou o resultado que lhe convia com igual facilidade.
Tivesse vencido, estaria agora um ponto à frente do Palmeiras e dois do Cruzeiro. Em vez disso, depende de um tropeço de um dos dois e uma vitória diante de um desesperado Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, para ficar com a vaga na Libertadores. E sem Ibson, Kléberson e Obina.
Como consolo para a torcida rubro-negra, o desfecho pífio da temporada significa o fim das passagens do Homem Flúido (nunca vi técnico mexer em time tão mal) e de Jaílton (que não aprende nunca e faz mais pênaltis que qualquer outro jogador nesse campeonato) pela Gávea.
A derrota de ontem pode ser posta na conta dos dois.
* * *
Será que os vascaínos se sensibilizaram pelo pedido de desculpas de Ney Franco? Será que alguém duvida de que aquele senhor do Ibope vai torcer contra o próprio time no domingo que vem por conta de seu ódio/recalque em relação ao Flamengo?
* * *
"Ah, mas nos pontos corridos a emoção morre de véspera, tem um monte de times jogando pra cumprir tabela..."
Fato: a decisão do título ficou para a última rodada, em que apenas dois dos dez jogos não valerão nada pra ninguém.
Sem dúvida não o São Paulo, apesar de ter jogado em casa (cheia, 67 mil) e com a possibilidade de conquistar o campeonato com a vitória. Eu bem achava que os jogadores do Flu não iriam querer outra festa de título tendo-os como coadjuvantes. Além do quê, os dois tricolores desenvolveram uma boa rivalidade nesta temporada por conta dos confrontos emocionantes da Libertadores. E olha que se o FH não erra daquela forma no gol de Borges, a briga poderia estar bem diferente agora.
Teria sido o Palmeiras o mais imconpetente? Não. O empate com o Vitória acabou sendo bom resultado pro time paulista, que na última rodada recebe o Botafogo (e coitados daqueles que dependem desse Botafogo pra algo) dependendo apenas de si.
Cruzeiro? Bem, pelo menos o time mineiro acabou derrotado fora de casa, mesmo que tenha sido por um time cheio de reservas do Inter. E, como disse seu próprio presidente, o Cruzeiro é uma raposa em casa e um cordeirinho fora...
Nessa rodada marcada por pequenos e grandes tropeços de quatro dos cinco primeiros colocados, ninguém tomou tombo pior que o Flamengo, que em seu último jogo do ano diante de sua torcida, repetiu os mesmíssimos erros da trágica eliminação diante do América do México na Libertadores. Abriu três a zero facilmente e entregou o resultado que lhe convia com igual facilidade.
Tivesse vencido, estaria agora um ponto à frente do Palmeiras e dois do Cruzeiro. Em vez disso, depende de um tropeço de um dos dois e uma vitória diante de um desesperado Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, para ficar com a vaga na Libertadores. E sem Ibson, Kléberson e Obina.
Como consolo para a torcida rubro-negra, o desfecho pífio da temporada significa o fim das passagens do Homem Flúido (nunca vi técnico mexer em time tão mal) e de Jaílton (que não aprende nunca e faz mais pênaltis que qualquer outro jogador nesse campeonato) pela Gávea.
A derrota de ontem pode ser posta na conta dos dois.
* * *
Será que os vascaínos se sensibilizaram pelo pedido de desculpas de Ney Franco? Será que alguém duvida de que aquele senhor do Ibope vai torcer contra o próprio time no domingo que vem por conta de seu ódio/recalque em relação ao Flamengo?
* * *
"Ah, mas nos pontos corridos a emoção morre de véspera, tem um monte de times jogando pra cumprir tabela..."
Fato: a decisão do título ficou para a última rodada, em que apenas dois dos dez jogos não valerão nada pra ninguém.
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