Não pra FIFA.
Mas antes, vamos à Copa do Brasil. Ou ao Fla-Flu, tanto faz.
O DVD produzido pela diretoria do Internacional com uma compilação de erros de arbitragem que beneficiaram o Corinthians em sua trajetória até a decisão foi o assunto do dia. Pressão patife para cima de Ricardo Marques Ribeiro, que vai apitar o jogo de quarta.
(Mas, vale dizer, desde a idade da pedra raposas mais felpudas usam essa tática antes de jogos como este. A única novidade é a adequação da antiga malandragem dos técnicos aos tempos de hoje - um DVD apresentado por cartolas com o nome de dossiê.)
Ronaldo respondeu assim: "Os cartolas do futebol têm de fazer alguma coisa para aparecer. Muitas vezes, fazem para atrapalhar. Mas o futebol é lindo e emocionante por causa dos erros dos árbitros. Imagine se fosse tudo automático, sem nenhum tipo de erro? Seria monótono".
E aí cabe a pergunta - seria?
E o que seria se o juiz de ontem não tivesse marcado o impedimento de Adriano, num dos últimos lances do Fla-Flu, e o atacante tivesse empurrado para o gol aquela bola? Qual seria a graça pro torcedor tricolor perder o jogo dessa forma?
Teria sido menos emocionante a virada do Brasil (presumo, não vi o segundo tempo) se o juiz tivesse validado o gol legítimo de Kaká? Pois imaginem se Lúcio não tivesse feito aquele gol no fim e a seleção tivesse perdido a final, digamos, nos pênaltis... para os americanos, não menos.
Seria lindo?
Erros de arbitragem acontecem a torto e a direito, em todos os esportes. A diferença é que só o futebol parece ignorar o avanço da humanidade. A maior prova foi justamente a estreia do Brasil contra o Egito, que ficará marcada pra sempre como o jogo do pênalti marcado pela tv.
A FIFA, claro, mandou tirar o bode da sala. Digo, a tv.
Enquanto isso, tênis e vôlei testam (e usam) chips eletrônicos, o basquete usa e abusa do video-tape e outros esportes recorrem à tecnologia para fins menos nobres (morte aos maiôs da natação!)
Não tem cabimento, no mundo de hoje, uma final de Copa do Mundo poder ter desfecho igual ao de 1966. Seria romantismo demais pro meu gosto.
* * *
Eis que, de uma hora para outra, Muricy e Luxemburgo estão sem emprego.
E Dunga mais firme que nunca rumo à Copa que podemos ganhar ou perder, mas jogando como jogava o técnico.
6 comentários:
cara, acabou! O Dunga VAI ser o técnico da Copa e vamos nós ganhar jogo de meio a zero e ver o Galvão Bueno se esgoelando gritando que "não tem mais time bobo hoje em dia"...
Agora, quero que a Copa de 2014 se foda - por causa dela vão ser dois anos de Engenhão...
Pois é Edu, seria ótimo se conseguissem usar a tecnologia e mantivessem a dinâmica do jogo, outros esportes conseguem, pq não o futebol?
Se usassem em lances como impedimento e gol duvidoso seria muito bom, e poderiam usar competições de menor importância pra começar os testes.
Quanto ao Dunga, realmente não dá pra se livrar dele, vamos ter que ver jogos monótonos e sem graça mesmo.
Abraços.
Camaradas, ainda bem que seleção, agora, só em setembro, e contra a Argentina, pra ter um pouco de graça.
Amigo Edu, viu a apresentação do Kaká? 40 mil torcedores no Santiago Bernabeu, 450 jornalistas e trasmissão para 100 países. É o que podemos chamar de marketing, não é mesmo?
Ah, ficou impressionado? Sério? Achei parecida com a do Fred aqui no Flu. Tirando o fato de que o Florentino não trocou o nome dele, claro.
tirando também o fato de que, depois do kaká, o real contratou o cronaldo. o fluminense, depois do fred, o kieza.
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