segunda-feira, 8 de junho de 2009

Desastre.

Às 16:26 de ontem, hora local, o time do Flamengo desapareceu misteriosamente dos radares na área da Ilha do Retiro, em Recife.

Num espaço de oito minutos, foram enviadas quatro mensagens indicando falha nos sistemas defensivos - às 16:26, 16:27, 16:30 e 16:34. Todas de forma automática, visto que o comandante não parecia ter controle algum sobre o time no momento da pane.

As suspeitas - dado que a equipe, até então, fazia um voo tranquilo em Recife - dão conta de que os sensores que monitoram relaxamento, falta de aplicação e vergonha na cara foram comprometidos pela soberba do time.

A notícia mais surpreendente, no entanto, é que todos os envolvidos sobreviveram ao desastre e continuarão suas vidas normalmente.

Quem escapou de acidente semelhante - e por um triz - foi o Los Angeles Lakers. O jogo dois das finais da NBA, disputado ontem em LA, poderia e deveria ter terminado com uma cesta consagradora para o novato Courtney Lee, do Orlando, nos décimos de segundo finais da partida. Mas ele errou a bandeja (prejudiado também pelo toque de Pau Gasol no aro, que não foi marcado pelos juízes - mas isto é detalhe, já que a mesma arbitragem permitiu um toco de Howard sobre o mesmo Gasol por dentro do aro!) e o jogo acabou indo para a prorrogação, quando os Lakers venceram por 101 a 96. Com dois a zero a seu favor, agora a equipe encara três jogos em Orlando, terça, quinta e domingo.

Vale dizer que apenas três times na história da liga conseguiram virar um 2x0 nas finais - a última vez foi em 2006, quando o Miami Heat de Shaq e Wade começou perdendo a série decisiva para o Dallas Mavericks.

Tirando a vinheta de abertura da ABC, uma das mais legais que já vi, e o sensacional e desmoralizante toco de Hedo Turkoglu sobre Kobe que evitou a vitória dos Lakers no tempo normal, vale destacar ainda:

- a falta de confiança de Stan Van Gundy em seu armador titular, Rafer Alston - depois de comandar o time no primeiro quarto das duas primeiras partidas (Magic na liderança em ambos), Alston foi sacado e só voltou muito tempo depois, já frio (no jogo 1, retornou só no terceiro quarto!). Ontem, na prorrogação, era o eterno "universitário" J.J. Hedick quem conduzia a bola - e foi ele quem acabou errando um passe primário para permitir que os Lakers abrissem vantagem. Só aí SVG botou Alston em quadra.

- a maestria do mesmo Van Gundy para armar jogadas rápidas - o chute de 3 de Lewis e a bandeja errada de Lee não permitiram nenhuma chance de reação dos Lakers.

- Hedo Turkoglu - desde Scottie Pippen eu não via um ala 3 conduzir o ataque tão bem.

- Rashard Lewis - finalmente chegou a LA - meio tarde...

- Lamar Odom - em 46 minutos em quadra, acertou oito de nove arremessos, pegou oito rebotes, deu duas assistências e três tocos, para terminar com 19 pontos. Claro que há quem vá dizer que Kobe foi o melhor em quadra ontem, mas isso não é verdade.

Terça tem mais.

6 comentários:

Gonik disse...

Fala, maluco! Até ontem eu achava q nao entendia nada de basquete e pouca coisa de futebol. Hoje eu continuo nao sabendo mt coisa de bola ao cesto (apesar de NBA ser oooooutro esporte), mas tenho certeza q sei menos ainda desse negocio de bola no gol... vem ai Coritiba la, Inter aqui e Fla x Flu. E o pior é que TUDO pode acontecer... bizarrinho esse time!

Edu Mendonça disse...

Em 36 anos eu nunca vi coisa igual a domingo. Com time nenhum, não que eu me lembre. O que mais me impressiona é não ter tido um único jogador a tentar parar aquilo, esfriar o jogo. Faltaram experiência, liderança e comando, dentro e fora de campo.

Anônimo disse...

Ei... Brilhante o paralelo da pane na Ilha do Retiro! Enquanto isso, Marcio Braga - "o sempre descolado presidente do flamengo" - está na coluna social do diário catarinense de hoje provando a culinária de um tal "chef" local...

Edu Mendonça disse...

Bem, hoje eu já achei de gosto um tanto duvidoso o paralelo. Mas eu nunca disse que sou um cara de bom gosto (ou tom) cem por cento do tempo...

Camilo Pinheiro Machado disse...

ouvi ontem de um diretor importante do Flamengo:

- o Márcio assina qualquer papel, qualquer coisa. Todas contratações e compras são aprovadas. Não existe o NÃO para nenhum "projeto" no Flamengo.

Edu Mendonça disse...

É sabido que, além da saúde, o presidente não anda bem das idéias há pelo menos uns dois anos.

É engraçado isso. Quem tenta ser responsável financeiramente, como esta diretoria do Botafogo, não consegue montar um time (elenco) bom. Quem prefere dar passos maiores que as pernas, como Fla e Flu, também não tem chegado a lugar algum. O Vasco, cantado aos quatro ventos como agora "bem administrado", vai lentamente descobrindo que subir não será fácil e continua tendo um presidente capaz de ME deixar constrangido quando fala mais de 30 segundos na tv, como foi no Juca Entrevista. Aliás, podia jurar que o próprio Juca ficou constrangido por uma ou duas pérolas que ouviu.

Mas o Rio continua lindo. E sem um título brasileiro nesta década que vai chegando ao fim (!!!).