terça-feira, 31 de agosto de 2010

Que Me Desculpe O Nelson, Mas Complexo De Vira-Lata É O Caralho.

Entre a sirene final, logo após a bola do Leandrinho beijar caprichosamente o aro e não cair, e hoje, li e ouvi muita besteira sobre a "quase vitória" do Brasil sobre a "poderosa" seleção americana aqui em Istambul.

Caramba, nem num dia como ontem, quando fizemos uma exibição sensacional, branquinho alivia. Me parece que a expressão criada por Nelson Rodrigues se aplica muito melhor a parte da imprensa brasileira (por isso a blogosfera me parece cada vez melhor) que ao nosso time, que teve uma exibição magnífica, mais ainda pelo aspecto da psiqué do que da técnica ou tática que empregamos para quase conseguir o improvável. Entramos sem medo e saímos de cabeça erguida, enquanto os americanos deixaram a quadra atordoados e ainda com medo da derrota, apesar de o jogo ter acabado. Porque ali debaixo da cesta onde a bola do Leandro não caiu, a 50 cm da quadra, dava pra sentir no ar o terror deles. Na coletiva, o sempre calmo e seguro coach K elogiava e elogiava nossos jogadores e técnico, malandro que é, já prevendo a saraivada de questionamentos dos jornalistas americanos que, claro, diminuiu após as primeiras explicações dele.

Ainda assim, se podemos tirar uma lição do "quase", ela é: erramos os quatro arremessos de três pontos que tentamos nos três minutos finais da partida, aos 2:57 e 2:51, quando conseguimos o rebote ofensivo com Splitter, e novamente aos 1:37 e 1:32, quando fizemos o mesmo com Guilherme. Nas duas oportunidades, o placar marcava 68 a 64 para os americanos.

Nos dois ataques seguintes, quando batemos para dentro com Huertas e Leandrinho, pontuamos.

Magnano ainda vai levar algum tempo para mudar essa mentalidade do basquete brasileiro. Ontem chutamos 28 bolas de 3, com apenas 10 acertos.

Mas isso é só uma observação. O que fica marcado, isso sim, é o jogão que fizemos. Deu orgulho do time de camisa verde - mesmo que esse verde imposto pela Nike ainda me pareça tão esquisito.

O jogo foi tão bom que perdi esse highlight imperdível - a brasileira Alessandra Ambrósio beijando o sem sal do Bascat (apesar do bom trocadilho)

* * *

RIP JB.

Com o fim do jornal impresso e essa reforma pavorosa que farão no Maraca, o Rio vai ficando cada vez menos carioca. Uma pena.

3 comentários:

Guilherme disse...

Não posso perder a piada.
Jogamos como nunca, perdemos como sempre.

Edu Mendonça disse...

Mas talvez tenha sido a derrota mais importante desta geração, por conta da moral que pode dar para o time nesse Mundial e para o pré-olímpico, nosso real maior objetivo.

Anônimo disse...

De que adianta jogar tanto contra os eua e não marcar ninguém da eslovênia? peloamordedeus, o huertas não marca ninguém!