
Independentemente disso tudo, sábado a bola sobe e aí serão doze jogos diários, em quatro sedes, três por grupo. Mas não se enganem - o mundial começa, pra valer, nas oitavas.
Assim como a Copa do Mundo (de futebol), o nosso mundial se enfraqueceu com a participação de 24 equipes. Claro, é muito bonito pensar que seleções como Angola, Tunísia e Irã participarão da festa. Mas o que fazem, por exemplo, Costa do Marfim, Jordânia e Líbano aqui? A FIBA dá quatro vagas à Ásia, três à África e duas à Oceania. Nenhum menosprezo ou preconcento embutidos, mas a realidade é a mesma da Copa da África do Sul - uma primeira fase com jogos sem brilho e, mais, sem tanta importância. O que é pior ainda no caso do Mundial da Turquia, com quatro grupos de seis e apenas dois eliminados na primeira fase. Qualquer garoto é capaz de cravar quem ficará pelo caminho (principalmente nos grupos A e B, o do Brasil).
Fora esse enfraquecimento técnico (imaginem um mundial com 16 equipes, como antigamente... aliás, aqui abro parênteses dentro dos parênteses - alguém lembra do mundial de 86, na Espanha, quando a FIBA tentou quatro grupos de seis e um regulamento tão estapafúrdio depois da primeira fase que voltou a realizar o mundial somente com 16 equipes pelas quatro edições seguintes?), há ainda a questão dos desfalques, que não param. Hoje, Andres Nocioni, da Argentina, foi vetado por seu time na NBA, o Philadelphia 76ers, de participar do torneio, por conta de uma lesão no tornozelo. Noci chorou na coletiva, deixou claro que, se dependesse dele, viria, mas como o contrato deixa claro que a decisão é do time, ficou de fora. Até o pobre Irã, adversário de estreia do Brasil, teve sua baixa por motivos médicos - o ala-armador Samad Bahrami, capitão e o mais bola do time, com passagem pelo basquete francês, foi cortado com uma contusão no pé.
Se é bom pra nós, mas não chega a tirar mais brilho do torneio, a própria FIBA tratou de fazer isso hoje ao punir severamente os envolvidos na pancadaria entre Sérvia e Grécia, na semana passada (ainda bem que não fui ao jogo, pois ficaria muito chateado, pra dizer o mínimo, de assistir à uma partida que foi interrompida a 2:14 do fim mas não teve fim - e quando a diferença no placar era de apenas um ponto). Nenad Krstic, pivô que tacou uma cadeira num adversário, pegou três jogos de gancho. Não chega a ser um desastre. Mas Milos Teodosic, o marrento craque do time e MVP da última Euroliga, pegou dois e será bem menos atraente ver a seleção sérvia jogar sem ele. Pelo lado grego, o não menos marrento (mas bem menos bola) Antonis Fotsis também foi suspenso por duas partidas, assim como o Baby Shaq Sofoklis Schortsanitis - esse sim fará falta aos atuais vice mundiais. Sorte de sérvios e gregos que seus primeiros jogos serão, respectivamente, contra Angola/Alemanha e China/Porto Rico.
O Brasil? Treinamos hoje, sem Leandrinho, poupado. E temos ainda mais sorte por jogarmos primeiro com Irã e Tunísia.
Como eu disse, que comecem os jogos.
Mas, cá entre nós, pra valer mesmo, só a partir das oitavas, no dia 4.
3 comentários:
Começa amanhã né filho? Sorte e aproveite aí! E sorte sua não estar por aqui: senão teria presenciado aquele jogo patético der ontem. Rogerio caiu. Espoecula-se o nome de...de...Jorginho! São Judas nos salve! abraço. Adeeeeeeeeeeeeeus!
Faltava 2:40 pro jogo acabar.
Na verdade, faltavam 2:40. Abs e seja bem vindo!
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