Hoje a turma de 2009 do Hall da Fama do Basquete foi oficialmente introduzida em Springfield. David Robinson, John Stockton, Vivian Stringer, Jerry Sloam e Michael Jordan subiram ao palco e fizeram discursos que arrancaram sorrisos e boas gargalhadas de uma platéia em total reverência. Até mesmo o quase sempre irrascível Sloam foi leve e espirituoso ao recordar que, na infância, meninos e meninas jogavam juntos em seu colégio. Mais tarde, quando elas foram proibidas, ele ficaria aliviado pois várias delas jogavam melhor que ele - uma, inclusive, melhor que todos os meninos.
Stockton fez piada com a polarização em torno de Michael, o sempre engraçado e religioso David Robinson agradeceu a Deus por atender suas preces - enquanto a câmera mostrava um envergonhado Tim Duncan, objeto das orações do Almirante - e Vivian lembrou da outra única vez em que estivera no Hall da Fama - pagando ingresso. Definitivamente, há um vazio entre essa geração e a atual enorme.
E Michael... Michael chorou.
Agradeceu a Pippen.
Explicou a escolha de David Thompson para fazer sua introdução - ele era seu herói de infância, aos onze anos. Sua primeira inspiração.
E me deixou de olhos marejados. Afinal, ele foi a minha. Genial e imperfeito. Obcecado e intolerante com seus erros e, principalmente, os dos outros. Um mestre da intimidação e dos segundos finais do cronômetro. Uma locomotiva sem freio para quem apenas uma coisa importava - vencer. Nunca houve um espírito tão competitivo quanto o dele, em esporte algum.
A entrevista exclusiva para a ESPN, pouco antes da cerimônia, é imperdível.
Depois, na coletiva de imprensa, teve mais.
E a contagem regressiva da ESPN.com está completa.
Thanks for all the joy, Money.
4 comentários:
Chuta quantos minutos de discurso?
Acabo de ver os 23 minutos, no Rebote. É emocionante pelo choro. Pelo agradecimento ao Pippen, primeiro a ser citado. Mas depois é um discurso inteiro desancando caras que ele foi superando e vencendo e humilhando ao longo da carreira... sei lá, parecia uma auto-afirmação definitiva, exatamente o contrário do que ele diz no fim.
Enfim, Jordan nunca soube parar.
mas esses caras nao param, edu. jordan, pelé, schumacher, lance.
acho que eles ficam jogando, arremessando, correndo e pilotando mentalmente, de casa.
eu lembro daquelas partidas do jordan pelos wizards. cada minuto dele em quadra, achava comovente, nao pq ele nao tinha condiçoes (ele ainda tinha), mas pq era pelo amor e apego incondicional pelo esporte.
voltei a rabiscar no d'arquiba. só falta voltar a jogar aquela peladinha da lagoa...
Vamos botar pilha no povo pra terça que vem.
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