De um lado, um time talentoso, imprevisível, que vive e morre através dos arremessos de três. Quando a bola cai, ele é irresistível. Quando não, ele perde, por vezes de muito.
Do outro, uma equipe coesa e equilibrada, também talentosa, apesar de menos experiente, que marca com vontade de marcar e ataca em equipe, preferencialmente através de contra-ataques ou infiltrações.
Até muito pouco tempo atrás, qual definição você acha que se encaixaria melhor na seleção brasileira de basquete?
Pois hoje, na vitória sobre Porto Rico, em Porto Rico, que deu ao basquete brasileiro o bi da Copa América - um carimbo de afirmação de um time que já havia cumprido sua missão, de conquistar a vaga para o Mundial da Turquia -, o Brasil mostrou um basquete como o da segunda descrição, de dar gosto e orgulho de ver.
Jogando de forma soberana, abriu boa vantagem nos três primeiros quartos. No último, quando veio a esperada reação dos anfitriões, com apoio da fanática torcida, soube cumprir à risca o plano de jogo de seu técnico - trabalhar a bola com paciência e inteligência.
Nos dez minutos finais, eu tive o prazer de ver Tiago bater pra dentro e servir Anderson pra bandeja embaixo da cesta. Vi Marcelinho Machado dar uma assistência magistral para Leandrinho também embaixo da cesta. E Tiago fazer dois pontos num gancho de esquerda e ainda converter dois lances livres que acabariam sendo fundamentais. Nenhuma bola louca de três. A única, foi trabalhada por todo o time, mas o tiro livre de Leandrinho não caiu.
E Moncho ainda acertou ao mandar a defesa no perímetro se postar mais aberta, dificultando o jogo de Porto Rico. A marcação de Alex sobre Arroyo no último lance foi a cereja do bolo.
A festa, no fim, logo depois da sirene, mostrou tanto quanto o ótimo basquete apresentado em quadra durante todo o torneio - temos um time.
Que ainda vai melhorar.
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