Não é passível de análise lógica o futebol.
É tal qual tentar explicar a paixão.
Hoje, Cuca, revoltado após a derrota com aquele pênalti para o Corinthians, afirmou categoricamente que houve má fé na marcação do lance. Para revelar, segundos depois, que votou em Sandro Meira Ricci para melhor árbitro do campeonato. Disse, ainda, que se pudesse, voltava atrás e mudava o voto.
Na tv, um comentarista afirmava serem "estranhíssimos" os inúmeros pênaltis marcados a favor do Corinthians no Pacaembu. Pediu, até, para que se alguém em casa soubesse a explicação, mandasse para ele.
Em Minas, depois de tomar uma goleada humilhante - sem jogar absolutamente nada - Luxemburgo, com toda sua pose, disse que "com todo respeito ao Guanari" o próximo jogo é para o Flamengo ganhar, "seja pra não cair, seja na disputa do título."
Hein?
Hora e meia antes, Obina tinha aberto o placar e, como virou quase regra, não comemorou o gol. Só que, em se tratando do folclórico Peu-2000, nada jamais é demais. Pediu desculpas pelo gol, numa imagem clara e quase inacreditável. Se não fosse Obina.
Mas é claro que há quem o supere.
Zezé Perrela afirmou que "o Andrés nao comprou o juiz, mas alguém, com certeza, fez isso por ele."
Andrés, por sua vez, se saiu com esta: "No futebol não existe ninguém sem prejuízo. Existem coisas piores no futebol do que um pênalti bem ou mal marcado."
Hã?
E tudo isso, no mesmo dia em que o Juca me releva, em seu blog, que em entrevista com o Tite, o técnico revelou já ter treinado uma equipe que venceu um jogo porque o adversário havia sido "ordenado" a perder para prejudicar seu principal rival. Como esperado, jurou nem sob tortura revelar nomes.
E até o Juca, quem diria, exagerou em sua paixão. O texto sobre o choro de Cuca (atenção botafoguenses: o termo foi dele) foi tão torcedor ao afirmar com convicção absoluta o pênalti que deve ter feito Renato Maurício Prado corar de vergonha em sua rubro-negrice.
São incríveis o futebol e todas as figuras que vivem dele.
sábado, 13 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Nada de Previsões.
Mais um ano, outra reta final disputada. E lá estão os matemáticos, ainda a vender seus serviços para os mais variados veículos, transformando esperança e desespero em frios - e mentirosos - números. Mentirosos porque, depois do Flu-2009, ninguém deveria mais ligar para essas contas. Mas, por algum motivo, ligam.
(Pode ser algum tipo de exploração da fé do torcedor, que se agarra às suas chances matemáticas como o devoto ao seu terço, e nelas crê até o título derradeiro ou o maldito "matematicamente rebaixado")
O Tudo Bola, nada afeito a tais números, prefere outros, mais lógicos.
Faltam seis rodadas para o fim do campeonato. E tão importante quanto conjecturar quem tem os compromissos mais fáceis - algo relativo diante dos tropeços recentes dos quatro primeiros colocados - é lembrar como desempenharam nas seis últimas rodadas.
Nelas, Cruzeiro e Botafogo conquistaram dez pontos - o primeiro, com três vitórias e um empate e o segundo, com duas vitórias e nenhuma derrota. Fluminense e Corinthians, por sua vez, ganharam seis, com campanhas idênticas - uma vitória e três empates.
Se mantiverem, nas próximas seis rodadas, o aproveitamento das últimas seis, o campeonato terminaria assim:
1 Cruzeiro - 67 pontos
2 Fluminense - 63
3 Botafogo - 61
4 Corinthians - 60.
O único confronto direto entre as quatro equipes acontecerá na trigésima-quinta rodada, quando se enfrentam Corinthians e Cruzeiro. Que, se continuar na tocada recente, fica com o título.
E, por tocada recente, entenda-se um aproveitamento de 55%. Inferior, portanto, ao que o próprio time ostenta, juntamente com o líder Fluminense - 59%.
* * *
Que nossa presidente olhe pelo esporte, num país sem política esportiva, sem um ministério forte, sem prática esportiva decente nas escolas e universidades, mas com uma turma que enriquece às custas do esporte há anos e anos, sem nunca mudar.
(Pode ser algum tipo de exploração da fé do torcedor, que se agarra às suas chances matemáticas como o devoto ao seu terço, e nelas crê até o título derradeiro ou o maldito "matematicamente rebaixado")
O Tudo Bola, nada afeito a tais números, prefere outros, mais lógicos.
Faltam seis rodadas para o fim do campeonato. E tão importante quanto conjecturar quem tem os compromissos mais fáceis - algo relativo diante dos tropeços recentes dos quatro primeiros colocados - é lembrar como desempenharam nas seis últimas rodadas.
Nelas, Cruzeiro e Botafogo conquistaram dez pontos - o primeiro, com três vitórias e um empate e o segundo, com duas vitórias e nenhuma derrota. Fluminense e Corinthians, por sua vez, ganharam seis, com campanhas idênticas - uma vitória e três empates.
Se mantiverem, nas próximas seis rodadas, o aproveitamento das últimas seis, o campeonato terminaria assim:
1 Cruzeiro - 67 pontos
2 Fluminense - 63
3 Botafogo - 61
4 Corinthians - 60.
O único confronto direto entre as quatro equipes acontecerá na trigésima-quinta rodada, quando se enfrentam Corinthians e Cruzeiro. Que, se continuar na tocada recente, fica com o título.
E, por tocada recente, entenda-se um aproveitamento de 55%. Inferior, portanto, ao que o próprio time ostenta, juntamente com o líder Fluminense - 59%.
* * *
Que nossa presidente olhe pelo esporte, num país sem política esportiva, sem um ministério forte, sem prática esportiva decente nas escolas e universidades, mas com uma turma que enriquece às custas do esporte há anos e anos, sem nunca mudar.
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