segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Grande A(r)mador.

Foram dias de coisas de ponta à cabeça.

Na quinta, internação surpresa por conta de um cálculo renal.

Na sexta, ainda antes da endoscopia, tv e web do celular buscavam a notícia. Fui para a sala de cirurgia imaginando como seria a seleção brasileira de Muricy (ok, não pensava nisso). Acordei da anestesia seis horas depois com Mano no comando. Claro, ele e o presidente do Corinthians não recusariam.

Coitado do Muricy. Pagou pela incompetência alheia e pelo complicado jogo de poder que rege o futebol. O presidente da CBF poderia ter feito o convite há dias, antes mesmo de o técnico se comprometer verbalmente com o Fluminense. Em vez disso, o fez sem falar antes com o clube - claro, afinal de contas, o presidente não poderia se rebaixar ao ponto de pedir permissão a um desafeto político - o clube votou contra a chapa de Kléber Leite, homem da CBF, na eleição para o clube dos 13. O presidente do Fluminense, por sua vez - ou como sempre - agiu da forma menos recomendada. Valeu-se de um acordo e do respeito que Muricy tem por sua palavra para, de uma vez só, sacanear a CBF, manter seu treinador e, por tabela, sacanear também Muciry.

"É triste porque é uma oportunidade única, mas procurei ser correto. Eu não disse não, dependia do Fluminense."


Mano - que não tem nada a ver com isso e talvez também não devesse ter com a seleção, ainda - se saiu muito bem no primeiro dia no novo trabalho. Além de termos o retorno das entrevistas coletivas como devem ser, tivemos também uma primeira lista repleta de bons nomes. Um possível time titular poderia ter Victor, Dani Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Lucas, Hernanes, Ramires e Ganso; Neymar e Pato. Só de ler, dá vontade de ver em campo. Além destes todos, ainda há acertos garantidos como Rafael, Sandro e André. Mano foi inteligente e mostra planejamento. Não apenas chamou sete com idade olímpica mas, entre eles, um que nem mesmo vem jogando no Corinthians, que é Jucilei. Poupou outros, como Júlio César, ainda de férias, e Maicon, que resolve sua transferência com a Inter. No futuro, quem sabe, jogadores como Kléber, Keirrison e mesmo Kaká possam se juntar à essa base.

Não haveria um único Felipe Melo, Josué ou Júlio Baptista neste time.

Não sei se Muricy, na convocação, pelo menos, teria feito melhor.

4 comentários:

Anônimo disse...

Phaltou Phillipe Coutinho... e vc fala sério sobre o transloucado do Kléber?

Edu Mendonça disse...

Claro. Ou você acha que o Robinho, por exemplo, está jogando mais que ele nesse momento? E, mesmo que o Kléber nem esteja, acho que é hora de termos o pensamento em 2014 - por isso, nomes como o dele e o do Keirrison (e também do Phillipe) devem ser pensados com muito carinho. Mesmo que ele seja meio tresloucado.

Anônimo disse...

Eu acho que casos como Robinho já 'deram' na seleção. E ele deve pensar sim e testar também novos nomes e talentos...
Já o Kaká... sei não, mas acho que o próprio Real cogita mesmo, como se especula na Europa, alguma transação com qualquer jogador para se 'livrar' dele. Ou ele está em descrédito mesmo, ou há algo mais se especulando internamente do que sabemos... Mas temos bons nomes para lapidar um bom conjunto.

Edu Mendonça disse...

Se temos! E que puta emprego, o de técnico da seleção brasileira, hein?... Além do salário, o Mano agora pode brincar de FIFA Manager com jogadores reais, tendo um vasto universo como o nosso pra convocar.