segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

MMX

Depois do sucesso do TB 00's Awards, que premiou os melhores e piores da década passada, e diante de minha crise criativa (ok, é só falta de tempo, dois empregos, sabem como é...), O Tudo Bola passa a régua no ano de Copa, de Mundial de Basquete e de mais uma passadinha pela Grécia com o 2010 TB Awards, cópia descarada do primeiro post do ano - mas com novos agraciados pela visão única deste escriba que já viu de tudo mas ainda quer ver mais, muito mais.

ATLETA DO ANO
Rafael Nadal. Depois de lesões no ombro e joelho, o Miúra retomou o topo do ranking e teve o melhor ano da carreira - triunfou em Roland Garros, Wimbledon e no US Open. Sete troféus em oito decisões disputadas em 2010 pelo espanhol. Kelly Slater, com seu deca mundial, ficou para trás.

TIME DO ANO
A seleção da Espanha. Num ano em que a Champions ficou com a chatérrima Internazionale de Mourinho, a Fúria não foi tudo aquilo que dela se esperava na Copa do Mundo, mas venceu de forma inquestionável e até bela, dentro do que um Mundial moderno permite. E não me venham botar a seleção do Bernardinho nesse páreo, por favor.

AMARELADA DO ANO
Meninos e meninas do vôlei brasileiro, esse orgulho nacional, disputaram saque a saque este prêmio. Se a seleção masculina fez papelão na Itália, entregando jogo para Bulgária para evitar um confronto antecipado com Cuba, a quem acabou batendo na final do mundial, a feminina se superou mais uma vez, perdendo a segunda decisão seguida para a Rússia em mundiais. A masculina leva o prêmio no tiebreak, por ter conseguido amarelar numa competição em que acabou campeã. Coisas do vôlei, esse esporte fascinante.

JOGO DO ANO
Barcelona 5x0 Real Madrid. Com direito a mosaico no Camp Nou, nenhum golzinho do Messi e uma declaração de Mourinho, após o chocolate, que entrou imediatamente para a história: "Não é humilhante! É uma derrota fácil de digerir, porque não houve possibilidades de ganhar... É pior quando tens oportunidade de ganhar e não ganhas. O resultado é um prémio para a equipa que jogou bem e um castigo para quem jogou mal."

RIVALIDADE DO ANO
Lebron x a torcida do Cleveland Cavaliers. Ninguém mandou o menino-prodígio do basquete agir como um babaca-prodígio da fama, fazendo mistério durante meses para finalmente anunciar sua decisão sobre ficar ou não em Cleveland em rede nacional, num absurdo de uma hora promovido pela ESPN. É não ter misericórdia alguma dos fãs que o idolatraram por tanto tempo. A resposta veio no primeiro jogo com a camisa do Heat em Cleveland, que teve de tudo - vaias homéricas, brigas na arquibancada, mascote provocativo com colete à prova de balas e até bonecos do astro nos mictórios do ginásio. Ódio puro, em sua essência.

GOLAÇO DO ANO
Talvez a escolha mais pessoal dessa seríssima lista. Mas eu realmente não resisto a assistir de novo e de novo ao gol de Lionel Messi sobre o Real Sociedad, no apagar das luzes da temporada, em sucessivas tabelinhas com Daniel Alves. Futebol é isso.

MICO DO ANO
Seria plausível dar o prêmio ao Flamengo - ou alguém acha que ser campeão num ano e brigar até a penúltima rodada para não cair no seguinte não é mico? Mas, cá entre nós, mico por mico, ainda fico com LeBron James anunciando em rede nacional que estava trocando o Cleveland Cavaliers pelo Miami Heat. Algo sem propósito, sem cabimento, sem pena, sem graça e sem noção do ridículo, tanto dele, quanto da gloriosa ESPN.

MUSA DO ANO
Larissa Riquelme e Sara Carbonero. Mesmo palco, a Copa. Estilos mais opostos, impossível. Pena que só uma acabou nas páginas da Playboy - Larrisa Riquelme. Fico com a espanhola.



CARA-DE-PAU DO ANO
Washington, o boneco do posto do bicampeão brasileiro Fluminense. Na semana do jogo decisivo contra o poderoso Guarani, bem no meio de um jejum de gols sem fim, saiu-se com uma explicação pitoresca - teria feito um pacto com Deus (claro, é o Flu) para trocar seus gols pelo título. Convenceu um ou outro tricolor incauto, não mais que isso.

MALA DO ANO
Eduardo Paes. Nosso prefeito do Rio, primeiro a abraçar Carlos Arthur Nuzman quando do anúncio da cidade como sede dos jogos de 2016, fez de tudo para aparecer em todo e qualquer evento esportivo possível, com destaque para o prêmio craque do brasileirão, quando, mais uma vez, fez o papel de bobo da corte para Lula e Cabral.

ENGANADOR DO ANO
Adriano. Da Chatuba para Roma, mais uma vez conseguiu aplicar o golpe do "agora estou a fim" em um clube de ponta. Acabou eleito pela imprensa italiana, pela terceira vez, o pior do campeonato de lá. Nem um golzinho pela Roma. E já fala em voltar para o Brasil. Mais uma vítima à vista.

BRAVATA DO ANO
Renato Gaúcho: "já transei com mais de 5000 mulheres."

FARSA DO ANO
Omer Asik, pivozão da seleção turca que merecia o Oscar por esse papelão no Mundial da Turquia.

ABSURDO DO ANO
As arbitragens no campeonato brasileiro. Nem é preciso explicar o porquê.

FRASE DO ANO
"Muricy é o novo técnico da seleção".

PERSONALIDADE DO ANO
Ele mesmo. Apesar da notícia do globoesporte.com, Muricy não assumiu a seleção. O Flu não deixou. Em vez de subir nas tamancas, Mr. Ramalho aceitou a decisão de seu empregador, voltou ao trabalho e levou o clube ao seu segundo título nacional (o tri, a Copa de Prata e o Robertão são assuntos para um próximo post). Tem que ter muita pesonalidade pra lidar com uma situação dessas dessa forma.

TRANSAÇÃO DO ANO
Pat Riley, manda-chuva do Heat, leva essa. Convenceu, de uma só vez, LeBron James e Chris Bosh a se juntarem a Dwyane Wade na quente e ensolarada Miami. E fez do time o mais odiado e invejado da NBA.

ESCÂNDALO DO ANO
Será que alguém um dia imaginou ver o goleiro do Flamengo preso por assassinato de uma atriz pornô com quem teve um filho? Com direito a corpo jamais encontrado, cachorros comedores de carne humana, declaração apaixonada através de tattoo de um amigo chamado Macarrão e, pra completar, um primo dedo-duro que entregou todo mundo de uma vez? Sério candidato a maior escândalo de todos os tempos, que promete muitas horas ao vivo de julgamento na Globo News num futuro próximo.

ZEBRA DO ANO
Suíça 1x0 Espanha, estreia dos campeões mundiais na África do Sul. Se já era zebra no dia 16 de junho, virou ainda mais depois do dia 11 de julho. Ou o Mazembe, sobre o Internacional. Como preferirem. Afinal, zebras são brancas com listras pretas ou pretas com listras brancas?

MELHOR COISA DO ANO
O novo player do NBA League Pass leva essa fácil, fácil. É o futuro das transmissões esportivas agora.